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Aos 79 anos, morre o tradutor e poeta da ABL Ivan Junqueira

Sexto ocupante da Cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras, morreu hoje de insuficiência respiratória, no Hospital Pró-Cardíco, na zona sul do Rio


	Academia Brasileira de Letras: poesia de Ivan Junqueira já foi traduzida para 13 línguas
 (Wikimedia Commons)

Academia Brasileira de Letras: poesia de Ivan Junqueira já foi traduzida para 13 línguas (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2014 às 13h04.

Rio de Janeiro - O poeta e tradutor Ivan Junqueira, sexto ocupante da Cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras (ABL), morreu hoje (3), aos 79 anos, de insuficiência respiratória, no Hospital Pró-Cardíco, na zona sul do Rio.

O corpo de Junqueira já está sendo velado no Salão dos Poetas Românticos, no Petit Trianon da ABL, e será levado para o Cemitério São João Batista, às 15h, para ser enterrado no mausoléu da instituição.

O presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, decretou luto de três dias, determinou que a bandeira da academia fosse hasteada a meio-mastro e disse que se trata de uma grande perda para a academia.

"Ivan engrandeceu a Casa à qual serviu durante 14 anos com exação [correção], competência e dedicação. Grande poeta, mestre indiscutível nas artes do ensaio crítico e da tradução literária, Ivan deixa um legado que enriquece a nossa tradição e a história literária do Brasil”, diz Cavalcanti em nota que informa a morte, divulgada no site da ABL.

Nascido no Rio de Janeiro, Ivan Junqueira foi professor de história da filosofia e de filosofia da natureza da então Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. O escritor também trabalhou como redator e subeditor nos principais jornais do Rio e foi editor executivo da revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional.

De acordo com a ABL, a poesia de Ivan Junqueira já foi traduzida para 13 línguas: espanhol, alemão, francês, inglês, italiano, dinamarquês, russo, turco, búlgaro, esloveno, provençal, croata e chinês. Ao participar de uma sessão conjunta da ABL com a Académie Française, em 2005, Junqueira recebeu a condecoração máxima da instituição europeia, a Medalha Richelieu.

Em comemoração aos 50 anos de sua estreia na literatura e pelos 80 anos que faria em 3 de novembro deste ano, a Editora Rocco lança o inédito livro de poemas Essa música ainda neste mês, e Reflexos do sol-posto, uma coletânea de poemas, em outubro. A Editora Nova Fronteira programou a edição de bolso da premiada tradução que Ivan Junqueira fez dos poemas do americano T.S. Eliot.

Outras obras de Junqueira, como O outro lado (poesia, Record) e Testamento de Pasárgada (Global), antologia crítica sobre Manuel Bandeira, também devem ganhar novas edições em breve.

Ivan Junqueira estava internado há um mês e deixa viúva a jornalista e escritora Cecília Costa Junqueira, com quem tinha um filho, Otávio. Deixa ainda e mais quatro filhos do primeiro casamento: Suzana, Rafael, Raquel e Eduardo.

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