De volta à Fendi: Maria Grazia Chiuri apresenta nova coleção em fevereiro (Thomas SAMSON / AFP)
Redação Exame
Publicado em 14 de outubro de 2025 às 10h46.
Após meses de especulações, a estilista italiana Maria Grazia Chiuri, ex-diretora artística das coleções femininas da Dior, foi nomeada responsável criativa da linha feminina, masculina e alta-costura da Fendi, anunciou a marca romana, propriedade do grupo de luxo francês LVMH, nesta terça-feira, 14.
Chiuri, de 61 anos, sucede Silvia Venturini Fendi, herdeira dos fundadores da marca, que supervisionava as linhas de acessórios e masculina desde 1994 e estava encarregada das coleções femininas desde a saída do estilista inglês Kim Jones em outubro de 2024.
Sua primeira coleção será apresentada na Semana de Moda outono-inverno 2026-2027 de Milão, em fevereiro.
"Maria Grazia Chiuri é um dos maiores talentos criativos da moda atualmente e estou encantado que ela decidiu retornar à Fendi para continuar expressando sua criatividade dentro do grupo", comemorou Bernard Arnault, diretor geral da LVMH, em um comunicado.
"Estou convencido de que contribuirá para a renovação artística e para o sucesso futuro da marca, ao mesmo tempo que perpetuará seu legado singular", acrescentou.
"Volto à Fendi com honra e alegria", comentou Chiuri por sua vez.
Maria Grazia Chiuri é uma renomada estilista italiana, reconhecida pela abordagem inovadora e pelo papel de liderança na indústria da moda. Após passagens significativas por Fendi e Valentino, ela assumiu em 2016 a direção criativa das coleções femininas da Dior, tornando-se a primeira mulher a ocupar essa posição na casa francesa.
Durante sua gestão, Chiuri trouxe referências feministas para suas coleções, incluindo slogans como "We Should All Be Feminists", inspirados na obra de Chimamanda Ngozi Adichie.
Chiuri começou sua carreira em Fendi, onde ajudou a criar a icônica bolsa Baguette. Mais tarde, na Valentino, foi co-diretora criativa com Pierpaolo Piccioli, e juntos receberam o prêmio CFDA International Award em 2015. Sua passagem pela Dior foi marcada pela reinvenção de peças clássicas e pela introdução de temas sociais e culturais em suas coleções, como a colaboração com artistas e o destaque para questões de gênero e igualdade.
Além de sua carreira, Chiuri também é autora de livros, como Her Dior: Maria Grazia Chiuri's New Voice, e recebeu diversos prêmios, incluindo o prestigioso Neiman Marcus Award em 2024. Seu trabalho continua a influenciar a moda contemporânea, destacando-se pela fusão de arte, cultura e ativismo.