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Bardem e Cruz afirmam que não são antissemitas

Javier Bardem diz que seus comentários e de sua mulher, Penélope Cruz, sobre a guerra entre Israel e Gaza foi apenas para pedir paz


	Penélope Cruz e Javier Bardem: "não somos antissemitas, fomos mal entendidos"
 (Yves Herman/Reuters)

Penélope Cruz e Javier Bardem: "não somos antissemitas, fomos mal entendidos" (Yves Herman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 09h29.

Javier Bardem enviou uma nota ao jornal americano "USA Today" na qual diz que seus comentários e de sua mulher, Penélope Cruz, com relação à guerra entre Israel e Gaza foi apenas para pedir paz e rejeitou as acusações de que o casal seja antissemita.

"Não somos antissemitas, fomos mal entendidos", afirma o ator, conhecido ativista e figura representativa na luta pela defesa dos direitos humanos.

O casal se uniu, há uma semana, a uma campanha iniciada por um coletivo de intelectuais espanhóis para pedir o cessar-fogo em Gaza, onde acusava diretamente Israel de ser a origem do conflito e de contar com a conivência dos mais grandes países do mundo.

Por conta desse comunicado, que foi assinado, entre outros, pelo diretor de cinema Pedro Almodóvar, as redes sociais se voltaram contra o casal, ambos ganhadores de um Oscar, chamando os dois de "idiotas" a "antissemita" - este último obrigou Penélope a emitir uma nota (também ao "USA Today" e em inglês) na quarta-feira passada, aclarando seus pontos de vista.

"Não quero que seja mal interpretada em um assunto tão importante -indica em sua nota. Eu não sou uma especialista nesta situação e sou consciente da complexidade da mesma. Meu único desejo, e a intenção com a qual assinei a declaração conjunta, é a esperança que haverá paz tanto em Israel como em Gaza".

"Tenho a esperança de que todas as partes podem concordar um cessar-fogo e que não haja mais vítimas inocentes em ambos lados da fronteira. Desejo a unidade e a paz... e acredito em uma civilização que pode ser capaz de ter a coragem suficiente para habitar um mundo onde os seres humanos possam viver juntos", concluía seu comunicado.

Ontem à noite, Bardem também se dirigiu ao jornal americano para falar sobre o mesmo tema.

"Minha assinatura estava destinada unicamente a pedir a paz. A destruição e o ódio só geram mais ódio e mais destruição", disse o ator.

Bardem insistiu que sua crítica foi contra a resposta militar de Israel em Gaza, "não contra os israelenses".

"Tenho um grande respeito pelo povo de Israel, e sinto uma profunda compaixão por suas perdas. Agora estou sendo acusado por alguns de antissemita, da mesma forma que minha esposa, que é a antítese do que somos. Detestamos o antissemitismo tanto como as horríveis e dolorosas consequências da guerra".

Bardem se declara, além disso, "contra qualquer ato de violência contra qualquer pessoa, independentemente das religiões, etnias e fronteiras".

"Muitas mães palestinas inocentes perderam seus filhos neste conflito. Muitas mães israelenses inocentes compartilham a mesma dor. Não deveria ter nenhuma razão política que justifique tão enorme dor em ambos lados. Minha esperança é que os líderes que participam desta complexa luta atendam a ligação do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon".

O ator resume sua postura e a de sua esposa acrescentando que "tanto os palestinos como os israelenses merecem a segurança, os direitos humanos, a paz e a convivência, para eles e seus filhos". 

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