Manuel Flahault: diretor do grupo Air France-KLM na América do Sul. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 8 de agosto de 2025 às 14h28.
Última atualização em 8 de agosto de 2025 às 14h47.
Nos meses de novembro e dezembro, a KLM vai adicionar dois voos semanais entre São Paulo e Amsterdã, chegando a nove operações semanais ligando as duas cidades. Também no fim do ano, a Air France vai aumentar a frequência de voos entre Paris e Salvador, além de ter inaugurado, há poucos meses, uma nova rota entre Fortaleza e Caiena, na Guiana Francesa. Esses movimentos de ampliação mostram o apetite do grupo para conquistar cada vez mais os ares brasileiros.
"Não é fácil adicionar voos e rotas, porque temos limitações de aeronaves, mas consegui mostrar o potencial do Brasil", diz Manuel Flahault, diretor do grupo Air France-KLM na América do Sul, em entrevista exclusiva à EXAME Casual. E um argumento foi fundamental, segundo o executivo: a ocupação de todos os voos que saem do Brasil está acima de 90%, algo que chama a atenção no mercado de aviação, que costuma ter uma média de 80% de ocupação.
Por conta disso, o Brasil tem se tornado cada vez mais estratégico para o grupo, que reportou lucro líquido de 605 milhões de euros, equivalente a US$ 690,1 milhões, no segundo trimestre deste ano. O número representou um aumento de cinco vezes em comparação com o mesmo período de 2024. A receita cresceu 6,2%, para 8,44 bilhões de euros, com o número de passageiros do grupo aumentando 5,9% em relação ao ano anterior.
Manuel Flahault revela que o grupo está constantemente avaliando novas oportunidades de rotas e voos. Até o final do ano, a ligação entre Brasil, Europa e a Guiana Francesa será feita com 49 voos semanais (cinco a mais do que o período pré-pandemia de covid-19) saindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Salvador e Fortaleza. Para conectar o restante do Brasil, a Air France-KLM mantém uma longa parceria com a brasileira Gol.
Para fortalecer ainda mais a marca KLM no Brasil, a companhia inaugurou um espaço no shopping Villa Lobos, em São Paulo, que ficará aberto até o dia 17 de agosto. A ação “Qual o destino?” convida os visitantes a embarcarem em uma jornada de experiências sensoriais para descobrir alguns dos destinos internacionais operados pela empresa.
Por meio de um jogo em etapas que estimulam os cinco sentidos — audição, tato, olfato, visão e paladar —, os participantes são desafiados a identificar qual é o destino surpresa apresentado. Ao final, os visitantes ainda participam do sorteio de um par de bilhetes de ida e volta para Amsterdã, na classe Premium Comfort da KLM.
A ideia central, segundo o executivo, é "criar uma relação muito mais forte e real com a marca", além de mostrar os serviços premium da companhia.
Os clientes premium têm se tornado cada vez mais fundamentais para as companhias aéreas em todo o mundo. É visível o crescimento de assentos em classe executiva e nas categorias conforto. No caso da Air France-KLM, as categorias Premium e Premium Comfort tiveram um aumento de 27% no lucro gerado para o grupo no balanço do segundo trimestre deste ano.
Mais recentemente, a La Première, da Air France — um dos maiores símbolos de luxo e exclusividade, um verdadeiro ícone da primeira classe — passou por uma reformulação. A suíte agora é totalmente adaptável, com um assento e uma méridienne que se transformam em uma cama de dois metros de comprimento.
Além disso, a cabine possui cinco janelas que permitem uma visão panorâmica e muita luz natural. O espaço foi ampliado em 25%, com a cabine atingindo quase 3,5 metros quadrados. O assento já está disponível em voos entre Europa e Estados Unidos e em breve estará em rotas para o Brasil. "O Brasil se tornou estratégico e está no nível de mercados como China e Japão", afirma Manuel Flahault.