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Cerâmicas criadas por Picasso na côte D'Azur vão a leilão

Obras em cerâmica e terracota do pintor espanhol serão leiloadas a preços "acessíveis"

Monumento de Picasso: desenhos mostram características lúdicas das imagens de Picasso, com formas mitológicas, rostos primitivos, animais e touradas (Wikimedia Commons)

Monumento de Picasso: desenhos mostram características lúdicas das imagens de Picasso, com formas mitológicas, rostos primitivos, animais e touradas (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 10h28.

Londres - Uma série de obras em cerâmica e terracota que o pintor espanhol Pablo Picasso criou na côte D"Azur, na França na década de 1950, serão leiloadas a preços "acessíveis" na casa Bonhams de Londres no próximo dia 23 de outubro.

A seleta coleção inclui pratos, tigelas, vasos, cinzeiros e jarros em cerâmica e terracota desenhados pelo artista e faz parte de uma oferta dedicada à arte impressionista e moderna.

A casa de leilões pretende arrecadar em cada uma das peças entre 500 e 700 libras (entre US$ 770 e 1,080 mil) até outras avaliadas entre 4 mil e 6 mil libras (entre US$ 6,18 mil e 9,27 mil).

Os desenhos mostram as características lúdicas das imagens de Picasso, com formas mitológicas, rostos primitivos, animais e touradas e algumas das peças possuem detalhes que lembram alguns atributos faciais e anatômicos.

Ruth Graham, encarregada do departamento dedicado à arte impressionista e moderna de Bonhams, disse nesta sexta-feira que "o leilão das peças de cerâmica de Picasso é uma oportunidade emocionante e surpreendentemente acessível de se adquirir uma obra de arte feita pelo mestre mais importante do século XX".

"As peças que produziu estão decoradas com os motivos característicos do artista e é fantástico poder ter um Picasso em suas mãos", afirmou a especialista em comunicado divulgado pela casa de leilões.


As obras fazem parte de uma época, entre o final dos anos 1940 e 1950, na qual o pintor passava muito tempo em sua casa no sul da França, perto de Vallauris, e foi ali que visitou pela primeira vez a atelier de cerâmica Madoura.

Impressionado com o trabalho do atelier, o pintor espanhol quis conhecer os proprietários, Susanne e Georges Ramié, que o acolheram e deram acesso livre e absoluto aos materiais em troca da venda de seus trabalhos em cerâmica.

A aventura do gênio espanhol na cerâmica pode ser entendida, segundo a nota da Bonhams, como o contínuo desejo de Picasso de experimentar materiais e meios diferentes.

Durante a época em que passou nesse atelier da Riviera Francesa, o artista não se limitou a trabalhar a cerâmica da maneira tradicional com os utensílios convencionais, mas empregou outros materiais e técnicas.

Casado em duas ocasiões, pai de quatro filhos de três mulheres diferentes e com uma história sentimental cheia de aventuras e infidelidades, foi no atelier de Madoura, em 1953, que Picasso, aos seus 72 anos, conheceu Jacqueline Roque, que trabalhava no local.

O gênio cortejou à jovem de 27 anos até que se tornaram amantes e se casaram em Vallauris em 1961, permanecendo juntos até a morte do pintor. Jacqueline Roque se suicidou com uma pistola 13 anos depois da morte de Picasso.

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