Casual

Menos complicado, consumo de vinho rosé dispara entre brasileiros

A bebida que foi eleita como a queridinha do verão 2021 permanece em alta mesmo com o fim dos dias mais quentes. A versatilidade de como e em quais ocasiões beber é um dos motivos

Rosés: a possibilidade de uso na coquetelaria aumenta o número de adeptos.  (Philip Toscano/Getty Images)

Rosés: a possibilidade de uso na coquetelaria aumenta o número de adeptos. (Philip Toscano/Getty Images)

MD

Matheus Doliveira

Publicado em 9 de junho de 2021 às 13h21.

A onda pink que elegeu os vinhos rosés como os queridinhos do verão 2021 ainda não acabou. Mesmo com o fim dos dias mais quentes, o consumo da bebida segue em alta entre os brasileiros, e novas marcas não param de surgir.

O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor 

Um dos principais motivos que indica que os rosés não serão apenas uma moda passageira é a versatibilidade. Seja na ocasião ou na forma de consumo, beber rosé parece muito menos complicado para quem não é especialista em vinhos. Não à toa, a bebida está sendo cada vez mais utilizada em drinks na coquetelaria.

Rosés no azul

Feito com a pele de uvas tintas, a cor do vinho rosé em si já chama atenção dos consumidores. “As tonalidades podem variar de salmão, pink até casca de cebola. O estilo Provence, com cor salmão bem clarinha, em geral mais seco e delicado no paladar, tem sido copiado em todo o mundo. Há também a versão mais extraída de cor pink bastante forte, mais comum em países do Novo Mundo como o Chile, por exemplo”, conta Karene Vilela, CEO da importadora de vinhos Portus Cale.

Apesar (ou por causa) da pandemia, o mercado de vinhos em geral está mais aquecido do que nunca no Brasil. Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), o consumo da bebida cresceu 18,4% no último ano. Em 2019 o país consumiu 360 milhões de litros, já em 2020, 430 milhões de litros.

O salto dos rosés é ainda mais expressivo. De acordo com dados da Ideal Consulting, entre 2014 e 2018, seu consumo aumentou de um milhão de litros para mais de cinco milhões. Somente de janeiro a setembro de 2020, o volume comercializado teve um salto de 37,2%.

Marcas prosperam

Novas ou antigas, as marcas têm surfado na onda dos rosés. Em seu primeiro ano de operação, em 2020, a fabricante Veroni comercializou mais de 25 mil garrafas de rosé e faturou 1,2 milhão de reais. Em 2021, a empresa deve crescer 150%, atingindo 3 milhões de reais em faturamento e 65 mil garrafas vendidas. Para cumprir o objetivo, a marca captou 1,4 milhão de reais de investidores.

Outra novata especializada nos rosés é a Clichê, marca com menos de um ano de vida que diz ter como objetivo "descomplicar o consumo de vinho". No lugar de informações sobre o tipo de terra ou uva que deu origem ao rosé, por exemplo, os vinhos da Cliché mostram informações básicas de consumo, como a melhor ocasião para beber.

“As marcas de vinho acreditam que todos os consumidores entendem da bebida. Falam de tipos de uvas, do solo, da colheita, da barrica e de tantas outras informações que não dizem nada a muitos consumidores. Entendemos o vinho como um potencializador dos bons momentos” diz Bruno Maletta, CEO e cofundador da Cliché.

Marcas mais experientes também querem fazer negócio. A importadora Portus Cale, fundada em 1985, usou o verão 2021 como vitrine dos rosés e aumentou as vendas da bebida em 150%.

 

Acompanhe tudo sobre:bebidas-alcoolicasConsumoMarcasVinhos

Mais de Casual

O único restaurante japonês a ter 2 estrelas Michelin em São Paulo volta com tudo

Quanto custa viajar para Santiago, no Chile?

Dia Mundial do Bartender celebra profissionais como os artistas da mixologia

Montblanc lança primeira coleção de couro do ano com três novas cores