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Eliminação leva Argentina a completar 25 anos sem conquistar títulos

A Argentina vai embora da Rússia com duas derrotas, um empate e uma vitória em quatro jogos

Argentina: a queda pode significar a despedida de uma geração (Agustin Marcarian/Reuters)

Argentina: a queda pode significar a despedida de uma geração (Agustin Marcarian/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de junho de 2018 às 14h58.

Kazan - A queda da Argentina na Copa do Mundo da Rússia, sacramentada neste sábado, com a derrota por 4 a 3 para a França, tem peso bem maior do que apenas se despedir da chance do tricampeonato mundial.

A equipe sul-americana vai completar 25 anos sem ganhar títulos com o elenco principal, já que a última conquista foi em julho de 1993, quando bateu o México e conquistou a Copa América, no Equador.

Desde então a equipe fracassou em Copas do Mundo, Copas Américas e Copas das Confederações. Embora tenha vencido competições de base como cinco Mundiais Sub-20 e dois torneios olímpicos de futebol masculino, o país jamais conseguiu aproveitar os talentos para formar uma equipe ganhadora na seleção principal.

A Argentina vai embora da Rússia com duas derrotas, um empate e uma vitória em quatro jogos.

A queda pode significar a despedida de uma geração. O volante Javier Mascherano, de 34 anos, não deve jogar mais uma Copa e fica a dúvida sobre o futuro de Lionel Messi. O ganhador de cinco prêmios de melhor jogador do mundo fracassou na quarta tentativa de trazer o título que veio pela última vez em 1986, um ano antes do próprio Messi nascer. Na Rússia, ele marcou somente um gol.

A sequência de fracassos da seleção em competições tem relação com crises políticas recentes nos bastidores da Associação Argentina de Futebol (AFA), assim como a frequente troca de treinadores. Depois do vice-campeonato na Copa realizada no Brasil, em 2014, o time foi dirigido foi Gerardo Martino, Edgardo Bauza e Jorge Sampaoli, todos com perfis de trabalho e preferências muito diferentes entre si.

A Argentina por pouco não deixou de ir para esta Copa ao se classificar apenas na última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, ao bater o Equador, em Quito. Na Rússia, a equipe fez no Mundial a sua pior campanha das quatro últimas edições. Resultado inferior o time só teve em 2002, na Ásia, quando caiu ainda na fase de grupos.

O jejum de títulos da Argentina é o segundo maior entre seleções campeãs mundiais. Apenas a Inglaterra, que não ganha um título desde 1966, vive hiato maior. O Brasil conquistou uma taça pela última vez em 2013, com a Copa das Confederações.

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