Casual

Escritor Philip Roth anuncia o fim da sua carreira literária

Roth, de 79 anos, escreveu mais de 25 romances em uma carreira que durou mais de meio século

Escritor Philip Roth recebe medalha de honra do presidente Barack Obama em 2011: o autor de "Pastoral Americana" já havia manifestado essa intenção numa entrevista concedida no mês passado (Getty Images /  Mark Wilson)

Escritor Philip Roth recebe medalha de honra do presidente Barack Obama em 2011: o autor de "Pastoral Americana" já havia manifestado essa intenção numa entrevista concedida no mês passado (Getty Images / Mark Wilson)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 19h07.

Última atualização em 23 de maio de 2018 às 11h11.

Nova York - O inspirador romancista norte-americano Philip Roth, um dos mais reverenciados autores mundiais, está se aposentando da carreira literária, disse sua editora, a Houghton Mifflin, na sexta-feira.

O autor de "Pastoral Americana" já havia manifestado essa intenção numa entrevista concedida no mês passado à revista francesa Les Inrocks.

"Para lhe dizer a verdade, para mim já chega", disse Roth à revista. "‘Nemesis'(novela lançada em 2010) será meu último livro." "Ele me disse que é verdade", disse Lori Glazer, vice-presidente e diretora-executiva da Houghton Mifflin, na sexta-feira à Reuters.

Roth, de 79 anos, escreveu mais de 25 romances em uma carreira que durou mais de meio século. Nunca ganhou o prêmio Nobel, mas várias vezes seu nome foi citado como candidato.

Ele ganhou o prêmio Pulitzer por seu romance "Pastoral Americana", de 1997, e foi agraciado com o Prêmio Nacional do Livro dos EUA em duas ocasiões (1960 e 95).

Outras obras de destaque incluem "Adeus, Columbus", que o lançou na carreira literária, em 1959, e o sexualmente explícito "O Complexo de Portnoy".

Na entrevista à Les Inrocks, Roth disse que sempre achou difícil escrever, e que não quer mais saber de ler, escrever ou falar sobre livros.

Ele contou que, aos 74 anos, começou a reler seus romances favoritos de escritores como Ernest Hemingway, Ivan Turgenev e Fyodor Dostoyevsky, e então se pôs a reler toda a sua própria obra.

"Quis ver se eu havia perdido meu tempo escrevendo. Depois disso, decidi que para mim já estava bom de ficção", disse ele, segundo a revista.

"Dediquei minha vida ao romance: estudei, lecionei, escrevi, li - em detrimento de quase todo o resto. Já chega! Não sinto mais esse fanatismo por escrever que experimentei a vida inteira. A ideia de tentar escrever de novo é impossível." (Por Eric Kelsey)

Acompanhe tudo sobre:ArteEscritoresLivros

Mais de Casual

Spaghett: o drinque com cerveja que cresceu 1000% nos EUA e pode conquistar o Brasil

Para além das obras de arte: como montar uma decoração com objetos pessoais

Com 4 mil vinis, novo bar de Facundo Guerra nasce no subsolo paulistano — após 10 anos de projeto

Um novo mercado: as 5 maiores tendências da relojoaria em 2025