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Game of Thrones triunfa, mas não brilha sozinho no Emmy das surpresas

Ficção da "HBO" levou no domingo o cobiçado prêmio de melhor série dramática e se despediu em grande estilo

Elenco e equipe de Game of Thrones: série é a ficção televisiva com mais prêmios da história, 59 (Amy Sussman/WireImage/Getty Images)

Elenco e equipe de Game of Thrones: série é a ficção televisiva com mais prêmios da história, 59 (Amy Sussman/WireImage/Getty Images)

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EFE

Publicado em 23 de setembro de 2019 às 07h36.

Última atualização em 23 de setembro de 2019 às 07h49.

Los Angeles — "Game of Thrones" chegava como a grande favorita à 71ª edição do Emmy, com o recorde de maior número de indicações para uma única série (32), mas acabou dividindo o protagonismo em uma noite repleta de surpresas.

A ficção da "HBO" levou no domingo o cobiçado prêmio de melhor série dramática. Por outro lado, não teve nenhum dos protagonistas premiados, ficando a uma estatueta de bater o próprio recorde de ficção com mais reconhecimentos em uma única edição do Emmy. A marca atual é de 12 prêmios.

No entanto, a superprodução baseada nos livros de George R.R. Martin se despediu em grande estilo da cerimônia, realizada no Teatro Microsoft de Los Angeles, nos Estados Unidos, que contou com o brilho de "Fleabag" e de sua criadora-protagonista Phoebe Waller-Bridge.

"Game of Thrones" liderou esta edição do evento com 12 prêmios, seguido pela minissérie "Chernobyl" (dez), "The Marvelous Mrs. Maisel" (oito),"Freesolo" (sete) e "Fleabag" (seis).

As derrotas dos protagonistas Kit Harington e Emilia Clarke nas categorias de melhor ator e atriz de drama impediram que "GoT" fizesse história. Sendo assim, tanto Harington como Clarke disseram adeus aos seus papéis sem receberem nenhum Emmy por eles.

A produção para a qual trabalharam nos últimos dez anos é a ficção televisiva com mais prêmios da história: 59, conquistados ao longo de oito temporadas.

Durante a cerimônia, o elenco de "Game of Thrones" apareceu reunido para receber uma grande ovação, com Peter Dinklage, Lena Headey, Emilia Clarke, Kit Harington, Sophie Turner, Maisie Williams, Nikolaj Coster-Waldau, Alfie Allen, Gwendoline Christie e Carice van Houten sobre o palco.

A outra grande ovação da noite foi para a britânica Phoebe Waller-Bridge, criadora, roteirista e protagonista da surrealista e inovadora "Fleabag", eleita a melhor série de comédia.

Waller-Bridge arrasou na premiação, pois também levou a estatueta de melhor atriz de comédia, desbancando a grande favorita, Julia Louis-Dreyfus, que tinha levado seis prêmios anteriormente pelo papel em "Veep" e perdeu a oportunidade de se tornar a atriz com mais estatuetas do Emmy da história.

"Isto está ficando ridículo", disse Waller-Bridge, totalmente surpreendida e emocionada, que subiu pela terceira vez ao palco para receber o prêmio de melhor roteiro.

O outro triunfador da noite foi Billy Porter, que fez história ao se tornar o primeiro homem assumidamente gay a ganhar o Emmy de melhor ator de drama pelo papel em "Pose".

"Tenho o direito, você tem o direito, todos temos o direito", disse o ator, que dedicou o prêmio a todos que o fizeram "sentir que valia, mesmo quando não era capaz de acreditar em si mesmo".

As reivindicações pela visibilidade LGBT ocuparam grande parte da cerimônia, que viu a estrela drag queen RuPaul incentivar as pessoas a se registrarem para votar nas próximas eleições dos Estados Unidos, após receber o prêmio de melhor reality show, e as protagonistas de "Pose" brilharem na passarela e agradecerem pela presença de transexuais na televisão.

O momento mais repercutido da noite foi de Michelle Williams, que ganhou o Emmy de melhor atriz de minissérie por "Fosse/Verdon" e aproveitou o discurso para exigir de maneira contundente que a indústria do audiovisual pague as mulheres de modo equitativo, especialmente as pertencentes a minorias.

"Quando pedi aulas de dança, escutei 'sim'. Quando pedi mais lições de canto, escutei 'sim'. Todas estas coisas requerem esforço e custam mais dinheiro, mas os meus chefes nunca pensaram saber melhor que eu o que necessito para fazer o meu trabalho", explicou.

"Portanto, na próxima vez que uma mulher, especialmente uma mulher negra, porque ela ganha 52 centavos em comparação com o dólar que ganha o seu companheiro homem branco, te disser o que necessita para fazer o trabalho, escute-a, acredite nela, porque, um dia, talvez ela venha a você e te agradeça por permitir que ela triunfasse pelo ambiente de trabalho, e não apesar dele", finalizou.

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