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JHSF contrata o mais famoso relações-públicas da moda para ajudar na expansão internacional do grupo

Lucien Pagès, conhecido como o “Princípe de Paris”, atende marcas como Saint Laurent, Schiaparelli, Jaquemus e Courrèges

Lucien Pagès: comunicação internacional do grupo JHSF (Instagram/Reprodução)

Lucien Pagès: comunicação internacional do grupo JHSF (Instagram/Reprodução)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 20 de maio de 2025 às 14h10.

Última atualização em 20 de maio de 2025 às 14h11.

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Pergunto a Lucien Pagès até quando ele vai ficar no Brasil. “Até segunda-feira que vem, para dar tempo de visitar todos os hotéis do grupo. São muitos, você sabe...”, é a sua resposta. A conversa aconteceu no restaurante Parigi da rua Amauri, em São Paulo, depois de um jantar oferecido a ele pelo JHSF.

O evento reuniu jornalistas e empresários de mídia da moda e foi organizado para anunciar Pagès como relações-públicas internacional do grupo brasileiro de luxo. Estavam presentes Augusto Martins, CEO do JHSF, Constantino Bittencourt, sócio do Fasano, que faz parte do grupo, e o CCO Bruno Astuto.

“Pagés vai nos ajudar na expansão internacional do grupo”, disse Martins, no momento do brinde. “Temos um desafio mais imediato pela frente, que será a inauguração dos próximos hotéis Fasano em Cascais, Punta del Este, Sarsenha e Miami, e contaremos muito com o seu trabalho de comunicação.”

"O Príncipe de Paris"

Dono de sua própria agência, o francês Lucien Pagès está na lista das pessoas mais influentes do mundo do Business of Fashion. Entre seus clientes estão marcas consagradas e emergentes, como Saint Laurent, Schiaparelli, Sacai, Courrèges, Carven e Rabanne.

Na Semana de Moda de Paris, entre suas atribuições está montar o plano de assentos de convidados para os desfiles de seus clientes. Ele organiza as apresentações das grifes, os chamados ree-sees, quando as peças desfiladas são amostradas novamente e em detalhes para jornalistas e lojistas, jantares e recepções.

Daniel Roseberry, designer da Schiaparelli, costuma chamá-lo de “Príncipe de Paris”. “Acho que ele é o melhor agora porque combina o conhecimento e a cultura do passado, que estamos perdendo na moda, com os códigos de hoje”, disse o designer da Saint Laurent, Anthony Vaccarello, ao Business of Fashion. “Para mim, isso é a marca dos grandes.”

Fachada do Fasano Boa Vista, em Porto Feliz: hotelaria (Fasano/Divulgação)

Bons resultados financeiros

O JHSF tem apresentado bons números. A receita bruta no primeiro trimestre de 2025 foi de 439,5 milhões, um crescimento de 37% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebita ajustado foi de 197,8 milhões de reais, alta de 61%. E o lucro líquido ficou em 340 milhões, crescimento de 139%.

O grupo encerrou o ano de 2024 com Ebtida de 1,28 bilhão de reais, aumento de 32% em relação a 2023, e lucro líquido 861,5 milhões, ou 73% a mais do que no ano anterior.

O crescimento se deu em todas as unidades do negócio. Na vertical do JHSF estão os setores de hotelaria e gastronomia com a bandeira Fasano, real estate, financeiro, shoppings, varejo, aviação e agora clubes de surfe.

Crescimento em shoppings

Até 2026 o grupo vai expandir o shopping Cidade Jardim e inaugurar outros dois centros de compra. Um deles será o Boa Vista Village Town Center, junto ao complexo Boa Vista, no interior de São Paulo, que acaba de anunciar uma unidade do colégio Porto Seguro para 2027.

O outro novo shopping do grupo será o Shops Faria Lima, no metro quadrado comercial mais caro de São Paulo. O centro contará com um paisagismo que incluirá uma floresta de ipês e cinco andares de lojas. Fontes do mercado falam que pelo menos duas novas marcas de moda francesas desembarcarão no local.

Por meio do braço de varejo JHSF Retail, o grupo opera 17 grifes de luxo no Brasil, como Isabel Marant e Stella McCartney. Pagés, um ex-assistente de moda que construiu relações sólidas com o mercado de moda, certamente terá um papel importante relevante na construção desse portfólio. Mas neste momento ele está gastando seu tempo em conhecer os oito hotéis distribuídos pelo Brasil. Já é bastante trabalho.

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