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LVMH estuda vender participação de 50% da Fenty Beauty, marca de Rihanna

Segundo a Reuters, a Fenty, que gerou cerca de US$ 450 milhões em vendas líquidas em 2024, pode ser avaliada entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões

Rihanna: LVMH estuda vender fatia na marca da cantora (Kevin Mazur/ Fenty Beauty by Rihanna)/Getty Images)

Rihanna: LVMH estuda vender fatia na marca da cantora (Kevin Mazur/ Fenty Beauty by Rihanna)/Getty Images)

Publicado em 22 de outubro de 2025 às 06h00.

A Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH), dona de marcas como Louis Vuitton, Sephora e Dior, está estudando vender sua fatia de 50% na marca de cosméticos Fenty Beauty, da cantora Rihanna. Segundo a Reuters, a Fenty, que gerou cerca de US$ 450 milhões em vendas líquidas em 2024, pode ser avaliada entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões.

A Fenty Beauty é uma marca de cosméticos lançada por Rihanna em setembro de 2017, em parceria com o conglomerado de luxo.

Rihanna tem 50% da empresa, enquanto os outros 50% pertencem à LVMH, por meio de sua divisão Kendo, responsável pela fabricação e distribuição. A cantora virou bilionária graças ao sucesso da marca e tem, atualmente, uma fortuna estimada US$ 1,4 bilhão, segundo a Forbes.

A Fenty Beauty é amplamente reconhecida por sua proposta de inclusividade, tendo lançado inicialmente 40 tonalidades de base — número que hoje já chega a 50 — para atender a uma ampla variedade de tons de pele. A iniciativa estabeleceu um novo padrão para o mercado e ajudou a transformar a indústria de beleza. A marca teve sucesso comercial rápido, com faturamento superior a US$ 100 milhões nos primeiros 40 dias, e expandiu sua presença global por meio de varejistas como Sephora.

A Fenty Beauty integra o império de beleza e moda de Rihanna, que inclui também a Fenty Skin, lançada em 2020, e a Fenty Hair, em 2024. Os negócios da cantora são geridos por sua holding, a Roraj Trade LLC, que controla as marcas Fenty.

Analistas destacam que a combinação entre a imagem de Rihanna, o respaldo de um grande conglomerado e o compromisso com a diversidade tornaram a Fenty Beauty uma das marcas de beleza mais bem-sucedidas lançadas por celebridades, alterando significativamente os padrões da indústria.

Segundo a Reuters, a LVMH agora trabalha com o banco de investimentos Evercore para a venda. Às 5h57, no horário de Brasília, as ações da LVMH operavam em queda de 0,42%.

Resultados trimestrais

No terceiro trimestre, as vendas do conglomerado LVMH cresceram 1% na comparação anual, pela primeira vez no ano e revertendo dois trimestres consecutivos de queda.

O faturamento somou € 18,3 bilhões (R$ 115,86 bilhões), abaixo dos 19,1 bilhões de um ano antes, mas acima das projeções dos analistas.

O desempenho foi puxado por uma "demanda sólida" nos Estados Unidos e na Europa e por uma recuperação perceptível na Ásia, com exceção do Japão.

A unidade de varejo seletivo da empresa foi o destaque do período, com alta de 7% em relação ao ano anterior. A empresa destacou o desempenho “notável” da Sephora e o lançamento recorde da marca de beleza Rhode, de Hailey Bieber.

Segundo a empresa, a divisão de vinhos e destilados também se recuperou após um início de ano turbulento com as tarifas de importação americanas e as tarifas da China sobre o conhaque da União Europeia.

Mercado movimentado

A possível venda da fatia da LVMH na Fenty Beauty acontece em um momento de forte movimentação tanto para o mercado de luxo quanto para o de cosméticos.

Recentemente, outra celeb-empresária, Hailey Bieber, esposa de Justin Bieber, vendeu a marca Rhode para a Elf Beauty por US$ 1 bilhão. A aquisição — a maior da Elf até o momento, segundo a FactSet — envolve US$ 800 milhões em dinheiro e ações, além de um potencial pagamento adicional de US$ 200 milhões com base no desempenho da Rhode nos próximos três anos.

Na outra ponta do mercado, o grupo Kering, dono da Gucci, anunciou a venda de sua divisão de beleza para a L’Oréal. A transação de cerca de US$ 4,66 bilhões inclui a venda da marca de fragrâncias Creed e o licenciamento exclusivo por 50 anos para produtos de beleza das grifes Gucci, Balenciaga e Bottega Veneta. A licença da Gucci, hoje sob a Coty, será transferida quando o contrato atual expirar, estimado para 2028.

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