Casual

No Dia Internacional da Cerveja, veja 10 curiosidades sobre ela

Se sexta-feira já é o dia oficial de tomar cerveja, a primeira sexta de agosto é ainda mais especial

A cerveja já foi usada como alimento e até moeda (ValentynVolkov/Thinkstock)

A cerveja já foi usada como alimento e até moeda (ValentynVolkov/Thinkstock)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 12h20.

São Paulo – Se sexta-feira já é o dia oficial de reunir os amigos e tomar aquela cerveja gelada, a primeira sexta-feira de agosto é ainda mais especial, pois a data marca no Brasil e em outras dezenas de países o Dia Internacional da Cerveja.

Por aqui, ela é de longe a bebida alcoólica mais amada pelos brasileiros - tanto que seu consumo per capita ultrapassa a média de 80 litros por ano, segundo dados recentes divulgados pela Euromonitor.

São muitas curiosidades, no entanto, que envolvem o universo da cerveja e para esclarecer algumas dúvidas, o sommelier de cervejas Marcos Nogueira elaborou uma lista com 15 fatos inusitados sobre a bebida. Confira a seguir:

1 – Ela não é feita a partir de uma única matéria-prima

A cerveja é associada prontamente à cevada, mas pode ser feita muitas outras matérias-primas – em geral as mais abundantes no local da produção. Chineses e japoneses fabricam a bebida com arroz. Africanos, com o sorgo. Na Inglaterra, a aveia é bastante utilizada, enquanto o trigo compõe muitas cervejas alemãs, belgas e francesas. Os finlandeses usam centeio. Nas Américas, o milho entra na receita para acrescentar leveza e refrescância.

2 – O lúpulo é da mesma família da Cannabis

Mesmo antes de se tornar ingrediente cervejeiro, na Idade Média, o lúpulo já era famoso por suas propriedades medicinais. Segundo Nogueira, um uso tradicional da planta é colocar as flores secas no enchimento do travesseiro – o efeito relaxante proporciona noites de sono tranquilo. O lúpulo é uma canabiácea – planta da mesma família da Cannabis sativa, a maconha.

3 – Cerveja e chope são a mesma bebida

A diferença entre cerveja e chope nada tem a ver com a garrafa e o barril. A cerveja é pasteurizada para resistir vários meses, enquanto o chope não passa por esse processo, que causa pequenas alterações no sabor – altamente perecível. O chope deve ser consumido muito fresco e mantido sob refrigeração.

4 – O milho não é usado para tornar a cerveja mais barata

Engana-se quem pensa que o uso de milho é uma novidade criada pela indústria para baratear e facilitar a produção. O cereal foi acrescentado à cerveja em meados do século 19, por imigrantes alemães nos Estados Unidos. Eles queriam fazer cerveja pilsen – grande sucesso desde o início –, mas a cevada americana tinha mais proteína do que a europeia. Isso resultava em uma cerveja turva e encorpada, justamente o oposto do que se espera de uma pilsen. O milho, então, entrou para suavizar a fórmula.

5 – Já foi usada como moeda

A cerveja já foi tão valiosa no passado que, no Egito Antigo, os trabalhadores que erguiam as grandes pirâmides eram pagos com cerveja. Sua ração diária era de 5 litros – a cerveja, entretanto, era muito menos alcoólica do que nos dias atuais.

6 – Já foi considerada alimento

Na Idade Média, a cerveja manteve o status de alimento. Um dos poucos alimentos seguros naquela época, pois era fabricada com higiene pelos monges católicos. Na liturgia da Igreja, aliás, a bebida foi incorporada como substituta das comidas sólidas nos períodos de jejum dos padres.

7 – No começo só existia cerveja escura

Até o século 18, todas as cervejas eram escuras e defumadas, por causa do uso de fogo de lenha ou carvão para secar o malte. Apenas na Revolução Industrial se descobriu como produzir maltes claros, por secagem com calor indireto.

8 – A medicina deve muito à cerveja

Os antibióticos, as vacinas e toda a medicina moderna devem muito à cerveja. Muitos avanços nessa área existem porque o cientista francês Louis Pasteur resolveu estudar a bebida. Foi a partir daí que ele descobriu a existência de micro-organismos e os relacionou às doenças.

9 – A geladeira é outra invenção que deve muito à bebida

A geladeira é outra invenção que deve parte de sua existência à cerveja. Isso porque Carl von Linde, pai dos sistemas industriais de refrigeração a gás, teve seus estudos financiados por cervejarias. O objetivo não era servir cerveja gelada: era manter a temperatura do líquido fresca e constante em qualquer época do ano.

10 – Estranha relação com o café e o chá

O que a cerveja, o café e o chá têm em comum: os três são bebidas com algum grau de amargor. Os estilos cervejeiros mais amargos, como a IPA, se tornaram populares na esteira do chá e do café – as bebidas da moda na Europa dos séculos 18 e 19.

Acompanhe tudo sobre:Bebidasbebidas-alcoolicasCervejas

Mais de Casual

Os melhores vinhos brancos brasileiros, segundo guia internacional, para você provar no Carnaval

Seleção global dos melhores vinhos do mundo conta com destaque de um brasileiro

Dia Mundial do Pistache: 22 restaurantes em São Paulo para provar pratos com pistache

10 frases que você precisa aprender antes de ir para a Argentina