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O esporte que inaugura três novas quadras por dia — e não é o beach tênis

Esporte já soma 63 mil quadras no mundo e deve movimentar US$ 7,1 bilhões até 2026, segundo a Deloitte

Close-up view of a person preparing for a padel game, showcasing hands holding a padel racket and ball. The blue court background emphasizes the activity and setup for the sport. (Anastasiia Krivenok/Getty Images)

Close-up view of a person preparing for a padel game, showcasing hands holding a padel racket and ball. The blue court background emphasizes the activity and setup for the sport. (Anastasiia Krivenok/Getty Images)

Publicado em 2 de outubro de 2025 às 06h50.

Entre raquetes e quadras esportivas, nasceu uma nova modalidade que promete transformar o mercado: o padel. Apesar de lembrar o tênis ou o squash à primeira vista, o esporte tem suas próprias características. Os jogos são disputados em duplas, em quadras menores e cercadas por paredes de vidro ou telas laterais, o que torna a prática dinâmica e acessível. 

Segundo a Federação Internacional de Padel (FIP), cerca de 30 milhões de pessoas já praticam a modalidade em mais de 130 países. A Europa concentra 59% dos jogadores, seguida pela América do Sul, com 23%. 

De acordo com a FIP, já são mais de 63 mil quadras e 20 mil clubes espalhados pelo mundo. No Brasil, o crescimento é acelerado: três novas quadras são inauguradas por dia, de acordo com a Confederação Brasileira de Padel. Hoje, o país já conta com cerca de 350 clubes e mais de 700 mil jogadores amadores, com forte presença no Sul e Sudeste.

De olho nas Olimpíadas

A expansão global também reflete no calendário esportivo. Com números expressivos e uma movimentação financeira de impacto, o padel se tornou candidato a estrear nos Jogos Olímpicos. A expectativa é que o Comitê Olímpico Internacional inclua a modalidade na edição de Brisbane, na Austrália, em 2032.

Um estudo da Deloitte reforça o potencial de mercado: a indústria do padel pode movimentar US$ 7,1 bilhões até 2026. A perspectiva de crescimento vem chamando a atenção de empresas e investidores do setor esportivo, que enxergam no padel uma oportunidade de longo prazo.

Aposta norte-americana

Nos Estados Unidos, a Epic Padel decidiu surfar a onda do crescimento e acelerar a popularização da modalidade no país. “Padel é rápido, fácil de aprender e muito sociável, mas estamos apenas no início da curva de adoção nos EUA. Precisamos de mais quadras, principalmente fora das grandes cidades”, afirma Hala Sarkis, CEO da companhia, em entrevista à Forbes.

Para impulsionar o projeto, a empresa anunciou uma rodada seed de US$ 10 milhões, liderada pela NowaisWorld e Stryde Ventures, com participação de fundos como 305 Ventures, High Water Venture Partners, Lane Holdings, Off Court Ventures e Silverback Capital Group. O investimento também conta com apoio de atletas, como o ex-jogador de futebol americano Tre Boston.

Os recursos serão destinados à expansão da companhia, com a importação de quadras da Espanha e a instalação em clubes nos EUA. A ideia é democratizar o acesso ao esporte em um mercado onde, até hoje, ele é visto como uma prática restrita. “Padel deve ser um esporte para todos. Nos EUA, até agora, ele tem sido associado à elite de 1%, mas há uma oportunidade real de democratizar o esporte”, destaca Kareem Anabtawi, cofundador e diretor de marketing da empresa.

O avanço do padel mostra que a modalidade deixou de ser uma curiosidade esportiva para se consolidar como tendência global. Com números robustos, apoio institucional e crescente interesse de investidores, o esporte tem se posicionado como uma aposta estratégica para quem busca retorno no curto e no longo prazo.

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