Casual

Popularidade de Frida Kahlo dispara, mas família luta para gerir legado

Sessenta e três anos após sua morte, a artista mexicana Frida Kahlo alcançou um nível de fama que jamais conheceu em vida

Barbie da Frida Khalo: "Frida Kahlo não é um produto ou uma marca… Frida Kahlo não é uma boneca" (foto/Divulgação)

Barbie da Frida Khalo: "Frida Kahlo não é um produto ou uma marca… Frida Kahlo não é uma boneca" (foto/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 31 de maio de 2018 às 15h57.

Cidade do México - Tranças pretas, um vestido mexicano colorido e inconfundíveis sobrancelhas que se unem.

Sessenta e três anos após sua morte, a artista mexicana Frida Kahlo alcançou um nível de fama que jamais conheceu em vida --com sua imagem estampada em canecas, camisetas, chaveiros e até roupas íntimas.

Entretanto, estudiosos e descendentes da pintora lamentam que ela tenha sido reduzida a uma série de características físicas marcantes que muitas vezes ofuscam seu trabalho.

O debate se intensificou quando a fabricante de brinquedos Mattel lançou uma Barbie com a imagem de Frida apesar de protestos de sua família.

A Barbie e outras mercadorias não capturam o legado complexo de Frida como ícone feminista, deficiente física que canalizou sua dor na arte, comunista ardorosa e inspiração para a comunidade LGBT, dizem estudiosos.

"Frida Kahlo não é um produto ou uma marca… Frida Kahlo não é uma boneca", disse a fotógrafa Cristina Kahlo, sobrinha-neta da artista. "Para nós, é importante manter a imagem de Frida Kahlo como a pintora que ela era".

Neste mês um novo projeto planeja devolver o foco das atenções à sua arte. O Google, trabalhando em colaboração com a família de Frida, dedicou uma parte de seu aplicativo Arts and Culture à vida e obra da artista.

O gigante de buscas se associou a 33 museus para digitalizar os quadros mais famosos de Frida e expor novas obras ao público. O aplicativo também conta com raras cartas, trechos de diário e esboços, além de uma turnê virtual de sua famosa casa azul.

A família Kahlo teve um papel ativo no projeto. A artista norte-americana Alexa Meade e a música mexicana Ely Guerra colaboraram em uma peça de "arte viva" em homenagem a Frida, trabalhando sob a orientação de sua sobrinha-neta.

"Estes projetos que são relacionados a Frida de um ponto de vista cultural, difundindo sua pintura, obras e história... são projetos de que gosto e nos quais me sinto à vontade em participar", disse Cristina Kahlo.

Acompanhe tudo sobre:ArteArtistasBarbieCinema

Mais de Casual

Quanto custa viajar para as Ilhas Malvinas?

São Paulo volta a receber um torneio WTA de tênis feminino

Os 13 melhores restaurantes do Rio de Janeiro segundo ranking EXAME Casual 2025

Lady Gaga se hospeda em um dos melhores hotéis do Brasil; descubra o preço da diária