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Pré-estreia de Grace: A princesa de Mônaco gera mal-estar

Cannes mergulhou em um silêncio ao fim da primeira projeção do festival, Grace: A princesa de Mônaco, que logo deu espaço a pequenos protestos

Nicole Kidman na 67ª edição do Festival de Cannes: família da princesa é contra o filme (Yves Herman/Reuters)

Nicole Kidman na 67ª edição do Festival de Cannes: família da princesa é contra o filme (Yves Herman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 14h52.

Cannes - Cannes mergulhou em um silêncio ao fim da primeira projeção do festival, "Grace: A princesa de Mônaco" que logo deu espaço a pequenos protestos contra um dos filmes mais aguardados da 67ª edição, aberta nesta quarta-feira com a trama protagonizada por Nicole Kidman.

Depois da polêmica durante o processo de produção do filme, com a família real Grimaldi abertamente contra o que consideraram um filme baseado "em referências históricas errôneas e referências literárias duvidosas", "Grace" chegou a Cannes cercada de enorme expectativa.

Mas as expectativas não foram correspondidas e um silêncio sepulcral se seguiu ao fim do filme, com a surpresa dos jornalistas dominando o público diante de uma narrativa mal construída, que enfoca apenas alguns meses da vida de Grace Kelly em Mônaco e que soa pretensiosa, com uma abordagem estética rebuscada demais.

À parte as licenças históricas que o diretor francês Olivier Dahan fez, o filme quis mostrar como um conto de fadas - o do casamento de Grace Kelly com Rainier de Mônaco - pode se transformar em crua realidade.

Dahan faz isso, no entanto, de forma afetada e sobrepondo a estética sobre o conteúdo de um filme com roteiro frágil que chegou a provocar risos durante a exibição.

Nem sequer Nicole Kidman consegue, apesar de seu esforço, dar veracidade a um personagem a quem faltam motivos que justifiquem seu comportamento ou sua complicada relação com seu marido.

Dahan demonstrou com "Piaf" ("La môme", 2007) que é perfeitamente capaz de enfrentar o desafio de contar a história de um personagem emblemático como, no caso, Edith Piaf. 

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