Casual

Presidente da Argentina exalta seleção após vice

Presidente sustentou que time jogou com "garra" e "emoção" e recuperou "valores esquecidos" pela sociedade ao defender as cores da bandeira com orgulho


	Seleção argentina é recepcionada por torcedores ao chegar em Buenos Aires
 (REUTERS/Augustin Marcarian)

Seleção argentina é recepcionada por torcedores ao chegar em Buenos Aires (REUTERS/Augustin Marcarian)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 15h52.

Buenos Aires - "Neste domingo os jogadores da seleção ganharam o jogo!". A exclamação, uma paradoxal afirmação sobre o jogo que terminou em derrota para a Alemanha, foi proferida nesta segunda-feira pela presidente Cristina Kirchner ao receber os integrantes da seleção argentina nas instalações da Associação de Futebol da Argentina (AFA) no município de Ezeiza, na Grande Buenos Aires.

A presidente sustentou que o time havia tido "garra" e "emoção". Sem entrar em detalhes, Cristina também sustentou que a seleção havia recuperado "valores esquecidos" pela sociedade argentina e que os jogadores "defenderam as cores (da bandeira) com orgulho. São leões!".

A presidente, ao vivo pela TV, falava no centro de um cenário, rodeada pelos jogadores, enquanto ia chamando "los muchachos" (os rapazes) para falar, como se fosse um programa de auditório.

Cristina - que admitiu que não assistiu jogo algum durante a Copa - também forneceu conselhos médicos, como o dado a Gonzalo Higuaín, em referência às diversas contusões que teve nos jogos: "Seriam bom você fazer uma ressonância magnética".

Deixando o tom maternal de lado chamou Ezequiel "El Pocho" Lavezzi: "Lavezzi, cadê você? Vem aqui, dizem que você é o novo sex symbol do país...".

Os analistas políticos indicavam que o dia, o primeiro após o encerramento da Copa, era "a segunda-feira das segundas-feiras", em alusão à volta drástica à realidade política e econômica cotidiana.

Desta forma, sem a vitória na Copa, dissipa-se o denominado "Efeito Messi", referência ao virtual alívio que a conquista eventual do troféu teria propiciado ao governo Kirchner, afetado por escândalos de corrupção, especialmente o processo contra o vice-presidente Amado Boudou.

Além disso, volta ao foco da mídia e da opinião pública a polêmica negociação da dívida pública com os "holdouts", denominação dos credores que possuem bônus em estado de calote desde 2001 e que não aceitaram as reestruturações da dívida feitas pelo governo Kirchner em 2005 e 2010.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosAmérica LatinaEsportesJogadores de futebolFutebolArgentinaCristina KirchnerCopa do Mundo

Mais de Casual

Udo Kier, ator de 'O Agente Secreto', morre aos 81 anos

CEO do Oscar vê na cinematografia brasileira um momento oportuno para prêmios

Salão do Automóvel de São Paulo hoje; conheça principais atrações

Leveza na taça: a ascensão dos vinhos brancos