Auto Union F 103 foi o primeiro Audi a utilizar um quatro-cilindros de quatro tempos e o primeiro modelo da marca pós-Segunda Guerra Mundial (Audi/ Divulgação)
Repórter de automobilismo
Publicado em 8 de setembro de 2025 às 12h14.
Última atualização em 8 de setembro de 2025 às 15h39.
Um dos principais destaques da IAA Mobility, que abre na próxima terça-feira, 9, em Munique (Alemanha), será o Concept C, que segundo a Audi “incorpora a nova filosofia de design da marca e abre caminho para o futuro”.
Há 60 anos, quando ainda era conhecida como Salão de Frankfurt, a Internationale Automobil Ausstellung (“Exposição Internacional do Automóvel” em alemão) apresentou um modelo que, como o Concept C pretende agora, redefiniria os rumos da empresa.
Constituída em 1932 da união das marcas Audi, DKW, Horch e Wanderer, a Auto Union praticamente desapareceu após a Segunda Guerra Mundial devastar a Alemanha e consequentemente suas plantas de Chemnitz, Zwickau e Zschopau.
Um plano de recuperação acabou levando a companhia para Ingolstadt no fim dos anos 1940. Reorganizada, foi comprada em 1958 pela Daimler-Benz, que em 1964 começou a vender suas ações da empresa das quatro argolas à Volkswagen.
Uma nova era começou em Ingolstadt há 60 anos: o primeiro Audi pós-Segunda Guerra Mundial saiu da linha de montagem em 13 de agosto de 1965
Na essência um DKW com motor de Mercedes, o Auto Union F 103 foi o primeiro Audi a utilizar um quatro-cilindros de quatro tempos e o primeiro modelo da marca pós-Segunda Guerra Mundial, lançado 25 anos depois do último Audi 920 ter saído da linha de montagem em Zwickau, Saxônia, em 1940.
O primeiro Audi pós-Segunda Guerra Mundial saiu da linha de montagem em 13 de agosto de 1965. E naquela ocasião, após um quarto de século, a Auto Union GmbH adotou novamente a tradicional marca Audi
Uma família então se desenvolveu de acordo com a potência do motor: Audi 60, 72, 75, 80 e Super 90. Os sedãs podiam ter duas ou quatro portas, e uma perua, a Variant, surgiu em 1966. O sufixo “L” ao lado do nome indicava as versões mais luxuosas. Dos pouco mais de 400 mil exemplares produzidos da família F 103 até 1972, mais da metade foi das versões 60 e 60 L.
Naquele ano, a família F 103 foi substituída por uma completamente redesenhado Audi 80 – a semente dos futuros Volkswagen Passat (1973), Golf (1974) e Polo (1975).