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Rolex no topo, relógios mais caros: confira o momento atual do mercado

Na véspera do salão Watches & Wonders, o momento mais importante do ano na relojoaria, mostramos como anda essa indústria

Exibição de relógios durante o Watches & Wonders: queda de vendas, mas preço médio mais alto (Watches & Wonders/Divulgação)

Exibição de relógios durante o Watches & Wonders: queda de vendas, mas preço médio mais alto (Watches & Wonders/Divulgação)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 31 de março de 2025 às 08h00.

Última atualização em 1 de abril de 2025 às 12h09.

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GENEBRA. Amanhã começa o Watches & Wonders, o salão de relojoaria mais importante do mundo. De 1 a 7 de abril, em Genebra, na Suíça, as principais marcas do mundo apresentarão suas novidades para revendedores e jornalistas do mudo inteiro.

E como está o momento atual da relojoaria? As exportações da indústria relojoeira caíram 2,8% no ano passado em relação a 2023, segundo a Federação da Indústria Relojoeira Suíça, para 24,8 bilhões de francos. Em número de peças, a queda foi de 9,4%, com 15,3 milhões de unidades. A maior queda foi de relógios abaixo de 3.000 francos, com uma redução de 15,6%.

A tendência nos últimos anos é de venda de peças mais caras. Ou seja, relógios cada vez sendo mais considerados item de luxo, com mais pedras preciosas, metais valiosos e complicações. Relógios de entrada acabam sofrendo a concorrência de smartwatches.

A ligeira redução agora acontece após anos de recordes de vendas, entre 2021 e 2023, um cenário marcado pela pandemia. Sem viagens, sem frequentar restaurantes, parte dos consumidores de alta renda acabou direcionando seus recursos para itens de luxo, até como investimento.

Algumas manufaturas acabaram reduzindo produção, devido à falta de componentes ou mesmo como estratégia para aquecer a demanda. Essa valorização da relojoaria impactou também o mercado de segunda mão. Agora, o mercado todo está se acomodando em padrões mais realistas.

A queda agora se deve, segundo analistas, a fatores macroeconômicos, como tensões geopolíticas e incertezas na demanda nos Estados Unidos, China e Europa.

Rolex tem um terço do mercado

Outro estudo anual, conduzido em parceria pela consultoria LuxeConsult com o Morgan Stanley, aponta as marcas mais vendidas do mundo. A Rolex segue no auge. As grandes manufaturas no geral sofreram menos do que as menores, segundo o relatório.

Segundo o estudo, a primeira colocada nesse ranking, a Rolex, teve uma receita de 10,6 bilhões de francos suíços, com 1,176 milhões de relógios vendidos. Um pequeno crescimento em relação ao ano anterior, com menos relógios vendidos. Em 2023, a marca da coroa teve faturamento de 10,1 bilhões de francos suíços, com 1,240 milhões de peças comercializadas.

Ou seja, se a receita cresce com um menos itens vendidos, significa que as peças passaram a ter em média maior valor agregado. Novamente, portanto, estamos falando de relógios com metais e pedras, de edições limitadas ou com complicações.

A Rolex manteve a impressionante marca de 32,1% do mercado de relógios suíços. Em nenhum outro segmento de luxo existe um predomínio tão grande de apenas uma marca.

O chamado Big Four da relojoaria, formado por Rolex, Patek Philippe, Audemars Piguet e Richard Mille, concentraram 47% do mercado. O relatório aponta que as quatro maiores marcas privadas suíças, ou seja, que nçao fazem parte de nenhum grupo, ganharam 10,2% desde 2019, quando tinham 36,8% de participação.

Depois de Rolex, em segundo e terceiro lugares aparecem a Cartier e a Omega, com respectivamente 8% e 7% do mercado. A Cartier teve uma receita estimada de 3,2 bilhões de francos suíços, com 680 mil relógios vendidos. Já a Omega faturou 2,4 bilhões de francos, com 505 mil peças comercializadas.

Fãs e colecionadores aguardam agora os lançamentos da Watches & Wonders. Falta pouco.

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