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Vocalista da Cone Crew Diretoria é preso por apologia

O cantor, de 28 anos, foi preso e arrastado do palco por cerca de 15 policiais militares, que deram voz de prisão a toda a banda

Show da Cone Crew Diretoria: cantor tenta dialogar com os policiais, mas é puxado para o fundo do palco (Reprodução/Youtube)

Show da Cone Crew Diretoria: cantor tenta dialogar com os policiais, mas é puxado para o fundo do palco (Reprodução/Youtube)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 08h12.

Rio - O músico André da Cruz Teixeira Leite, vocalista da banda Cone Crew Diretoria, foi preso na noite de sábado quando realizava um show na cidade de Paty dos Alferes, a 125 km do Rio

O cantor, de 28 anos, foi preso e arrastado do palco por cerca de 15 policiais militares, que deram voz de prisão a toda a banda sob alegação de que as músicas faziam apologia às drogas. O cantor foi liberado na manhã deste domingo.

Conhecido como Cert, o cantor já tinha passagem pela polícia, em fevereiro, acusado de tráfico de drogas, em Miguel Pereira, cidade vizinha a Paty dos Alferes, no Vale do Paraíba.

Ele foi denunciado pela sogra por plantar maconha em sua casa, mas foi liberado pela justiça, que o considerou usuário da droga.

Em vídeo publicado na internet, é possível ver o momento da abordagem dos policiais ao músico, que se apresentava no Festival do Tomate, para um público estimado em 15 mil pessoas.

O cantor tenta dialogar com os policiais, mas é puxado para o fundo do palco, sob vaias e xingamentos do público. Os demais integrantes da banda não foram presos.

Em nota, a banda informou que foi "surpreendida" com a prisão na penúltima música do show. Segundo o comunicado, a detenção viola a liberdade de expressão do grupo.

"A Cone Crew exige liberdade de expressão, seja ela cultural ou de manifesto. Todos sabem que em nosso posicionamento nunca escondemos ser a favor da legalização da maconha, assim como ex-presidenciáveis também são", diz trecho da nota.

O comunicado ainda citou a prisão dos músicos da banda Planet Hemp, há 18 anos.

Com letras que criticam a proibição do uso de maconha, a banda de rock se apresentava em Brasília, em 1997, após os policiais terem gravado a apresentação e apresentarem à Justiça como prova de apologia às drogas.

A banda foi proibida de realizar shows e vender discos na cidade.

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