Ciência

Alerta vermelho: como a Nasa monitora asteroides a caminho da Terra

Com mais de 37 mil asteroides próximos catalogados, monitoramento rigoroso da Nasa permite prever riscos e emitir alertas antes de possíveis impactos.

Nasa investe em telescópios espaciais infravermelhos para monitorar asteroides e meteoros (Haitong Yu)

Nasa investe em telescópios espaciais infravermelhos para monitorar asteroides e meteoros (Haitong Yu)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 21 de maio de 2025 às 08h24.

Última atualização em 21 de maio de 2025 às 08h25.

Quem nunca olhou para o céu e se perguntou: “E se um asteroide gigante cair agora?” Embora pareça coisa de filme de ficção científica, essa é uma preocupação real para cientistas da Nasa e de todo o mundo.

Até o final de 2024, mais de 37 mil asteroides próximos à Terra foram identificados. Eles estão sendo monitorados de perto. Assim, é possível saber com precisão se algum deles está a caminho do nosso planeta.

A busca por esses visitantes cósmicos começa com telescópios. Eles capturam imagens do céu em curtos intervalos.

Isso ajuda a identificar asteroides que se movem entre as estrelas fixas. Projetos como o Pan-STARRS1, no Havaí, e o Catalina Sky Survey, no Arizona, são protagonistas nessa missão.

O telescópio espacial NEOWISE detecta asteroides difíceis de ver. Ele usa sensores infravermelhos para captar o calor que eles emitem, funcionando como radares espaciais.

Como a Nasa investiga os asteroides?

Depois que um asteroide é detectado, começa o trabalho de calcular sua órbita.

O Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) da Nasa, no Jet Propulsion Laboratory, sempre atualiza essas informações. Ele projeta a rota desses corpos para os próximos cem anos.

No começo, as previsões podem ter uma margem de erro grande, mas à medida que mais observações são feitas, a precisão aumenta.

Se a chance de colisão ultrapassar 1%, um alerta é acionado para a comunidade científica e órgãos públicos.

Porém, a maioria dos objetos acaba não representando perigo real, como o caso recente do 2024 YR4, que teve a possibilidade inicial de impacto descartada após mais observações.

A Nasa também usa a All Sky Fireball Network. Esse sistema tem 17 câmeras que monitoram meteoros brilhantes, chamados de fireballs. Ele ajuda a rastrear a entrada desses objetos na atmosfera e a encontrar áreas onde podem cair.

O uso de radares planetários, como o Goldstone Solar System Radar, ajuda a desenhar o perfil dos asteroides em detalhes, mesmo durante o dia e sem depender das condições do céu.

Desafios e avanços no monitoramento de asteroides

O monitoramento enfrenta obstáculos, como áreas de difícil visualização próximas ao Sol, o clima e o brilho da Lua que atrapalham os telescópios terrestres.

Para superar essas barreiras, a Nasa investe em telescópios espaciais infravermelhos. Eles operam sem parar e conseguem observar áreas próximas ao Sol. Isso amplia a detecção.

Futuros lançamentos de equipamentos mais avançados no espaço prometem tornar os alertas ainda mais rápidos, diminuindo o risco de surpresas.

Investir em monitoramento e pesquisa traz retorno de até dez vezes o valor aplicado, evitando prejuízos muito maiores em caso de impactos.

Com essa combinação de tecnologia e análise constante, a Nasa e seus parceiros garantem que saberemos com antecedência se um asteroide representa ameaça à Terra.

A capacidade de avisar cedo é essencial para preparar possíveis estratégias de defesa e evitar que a ficção científica vire realidade.

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