Redação Exame
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 12h55.
Nos últimos dias, amigos e familiares de Preta Gil, que morreu em julho aos 50 anos, começaram a receber os diamantes que foram feitos com parte das cinzas da cantora, como mostrou reportagem do Fantástico. A criação dos diamantes é um desejo da própria artista, que disse que considerava a ideia "magnífica".
Foram produzidas 12 pedras para um grupo de amigos mais próximos, formado por Gominho, Duh Marinho, Jude, Soraya e Malu Barbosa. Outra unidade, feita integralmente no Brasil, será entregue à família Gil.
Nas redes sociais, os amigos exibiram as joias personalizadas com gravação a laser. Ao comentar a homenagem, Gominho resumiu a personalidade da artista: "É igual diamante. Não quebra. A Preta é isso... Ninguém destrói, ninguém quebra. E ela era essa pessoa".
O processo começa com a separação do carbono presente nas cinzas. Após uma série de queimas que eliminam enxofre, potássio e outras impurezas, sobra apenas o carbono puro, único elemento químico que compõe um diamante. Esse material é transformado em grafite e compactado em uma pequena pastilha.
A pastilha é então colocada em uma cápsula metálica e submetida a temperaturas que chegam a 3.000 °C e a pressões altíssimas, equivalentes ao peso do Monte Everest concentrado na ponta de uma agulha. A técnica reproduz, em escala acelerada, as condições da crosta terrestre.
“A transformação laboratorial é a simulação do que acontece na natureza, só que com uma velocidade infinitamente maior”, explicou Mylena Cooper, da The Diamond, empresa responsável pela criação do diamante da família Gil, ao Fantástico.
Depois de cerca de 60 horas nessas condições extremas, os átomos de carbono se reorganizam e formam o diamante bruto, que posteriormente é lapidado e polido. O preço inicial para produzir uma peça desse tipo gira em torno de R$ 3.800, variando conforme o tamanho escolhido.