Ciência

Cruzeiro do Sul, Touro e Escorpião... Como as constelações são batizadas?

Só em 1930 é que foi realizada uma classificação da esfera celeste, dividida geometricamente em 88 partes. Destas, mais da metade são constelações atribuídas à Grécia Antiga

Universo: a União Astronômica Internacional reconheceu, oficialmente, 88 constelações (Hubble & Nasa/Reprodução)

Universo: a União Astronômica Internacional reconheceu, oficialmente, 88 constelações (Hubble & Nasa/Reprodução)

MD

Matheus Doliveira

Publicado em 19 de junho de 2021 às 08h53.

Cassiopeia, Carina, Fenix...Estes nomes te remetem a alguma coisa? Não? E Andrômeda?! Este você conhece? São todos nomes de constelações. Andrômeda está entre as mais famosas e inspira obras de ficção científica. A lista tem ainda nomes como Pégasus, Ursa Maior, Ursa Menor, Cruzeiro do Sul, Touro e Escorpião.

Para a astrônoma Flávia Requeijo, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, no Rio de Janeiro, as constelações ligadas ao zodíaco estão entre as mais conhecidas. ''Talvez as constelações mais famosas sejam as constelações do zodíaco. São 13 no total. É nesta região do céu que vemos passar o sol, a lua, os planetas. Isso por que os planetas estão girando ao redor do sol, no mesmo plano que a terra está girando ao redor do sol. O efeito que vemos é como se todos os planetas estivessem projetados nesta região, onde se encontram então 13 constelações'', diz.

Com o objetivo de mapear o céu, a União Astronômica Internacional reconheceu, oficialmente, 88 constelações. Na antiguidade, estes grupamentos de estrelas eram associados a figuras de animais, objetos e até personagens da mitologia.

Estas formações no céu nortearam os povos ancestrais, ajudaram a explicar a passagem do tempo e a troca das estações. Foram fundamentais para a subsistência e para organização de rotinas, como plantar e colher. Cada povo batizava a constelação de acordo com sua cultura e vivência.

E só em 1930 é que foi realizada uma classificação da esfera celeste, dividida geometricamente em 88 partes. Destas, mais da metade são constelações atribuídas à Grécia Antiga, sendo 48 registradas pelo cientista Ptolomeu.

E você deve estar se perguntando como é possível localizar no céu estas constelações? Flávia Requeijo dá a dica.

''Se olharmos para o céu sempre no mesmo horário ao longo do ano veremos que ele se repete a cada estação. Por exemplo, no verão vemos a constelação de Orium, que é onde estão as Três Marias. No outono a constelação do Cruzeiro do Sul cada vez mais em destaque. E no inverno, vemos a constelação de Escorpião'', diz.

Acompanhe tudo sobre:AstronomiaEspaçoNasa

Mais de Ciência

Icônica praia turística do Rio de Janeiro pode ser engolida pelo mar até 2100, revela estudo

Crime que ameaça várias economias do mundo já era prática comum desde o Império Romano

Quando a chuva de meteoros poderá ser vista do Brasil? Veja data e como assistir ao fenômeno

Qual a fase da Lua de hoje, 20 de abril de 2025?