Ciência

Diretora rejeita acusações de que coronavírus saiu do laboratório de Wuhan

Laboratório chinês possui três cepas vivas de coronavírus de morcego, mas nenhuma corresponde ao do vírus causador da COVID-19

Laboratório P4 do Instituto de Virologia de Wuhan, na China (AFP/AFP)

Laboratório P4 do Instituto de Virologia de Wuhan, na China (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 24 de maio de 2020 às 13h37.

O Instituto de Virologia de Wuhan, acusado pelos Estados Unidos de ser responsável pela pandemia que assola o mundo, possui três cepas vivas de coronavírus de morcego, mas nenhuma corresponde ao do vírus causador da doença COVID-19, garantiu sua diretora.

"Como todo mundo, nem sabíamos que o vírus existia", disse Wang Yanyi à televisão pública chinesa CGTN em entrevista transmitida neste domingo, mas realizada em 13 de maio.

"Então, como ele poderia ter escapado do nosso laboratório?", perguntou, dizendo que as suspeitas são "pura invenção".

Wang admitiu que o Instituto "havia isolado e obtido alguns coronavírus de morcegos".

"Temos três cepas", afirmou Wang.

Mas a semelhança com o vírus da doença COVID-19 "é de apenas 79,8%", disse ela.

Para a maioria dos cientistas, o novo coronavírus foi transmitido ao homem por um animal.

Isso teria acontecido em um mercado na cidade de Wuhan, onde animais silvestres eram vendidos vivos.

Mas a presença do Instituto a poucos quilômetros da cidade alimenta a hipótese de que o novo coronavírus possa ter vindo de lá.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, solicitou que essa hipótese fosse investigada, que no momento não é sustentada por nenhum fato específico.

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