Redação Exame
Publicado em 28 de julho de 2025 às 13h10.
Um artigo associado à tumba de Tutancâmon gerou polêmica ao ser colocado à venda recentemente. Trata-se de um busto que representa o jovem faraó, leiloado pela casa Christie's, em Londres, por valores que ultrapassaram milhões de libras.
O governo egípcio contestou a venda, alegando que a peça pode ter sido roubada do país nos anos 1970, possivelmente do templo de Karnak, e deveria ser repatriada.
Autoridades do Egito afirmaram que tomarão medidas legais para impedir a comercialização e tentar recuperar os artefatos. O ministro egípcio de Antiguidades declarou que o país contratará escritórios jurídicos especializados para abrir processos contra a negociação, considerando o busto parte do patrimônio cultural egípcio.
Segundo o The New York Times, a Apollo Art Auctions (casa de leilões) afirma que não há “nenhuma evidência documentada” de que o vaso tenha vindo da tumba do faraó. “O item não consta em nenhum inventário oficial da escavação”, diz a casa em comunicado.
Além do busto de Tutancâmon, a disputa envolve outros objetos egípcios colocados em leilão. O caso reacende o debate sobre o retorno de artefatos aos seus países de origem e sobre o controle da comercialização de patrimônios arqueológicos.
A venda dos artefatos representa um conflito recorrente entre o mercado internacional de antiguidades e os países detentores do patrimônio histórico, especialmente quando há suspeitas de furtos ocorridos nas últimas décadas.