Ciência

Israel tenta inovar na luta contra vício em açúcar

Em 2016, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população adulta mundial estava com excesso de peso, em parte pelo excesso de açúcar

Cubos de açúcar (Getty Images/Getty Images)

Cubos de açúcar (Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 1 de outubro de 2019 às 11h13.

IIan Samish mergulha tranquilamente uma batata frita no ketchup, toma um gole de refrigerante e uma colher de iogurte, três alimentos muito açucarados, graças a uma proteína que ele próprio desenvolveu.

O cientista deixou sua carreira na universidade para fundar uma empresa chamada Amai - "doce", em japonês -, que procura solucionar um dos maiores problemas para a saúde: o vício em açúcar.

Para isso, ele adaptou uma proteína que é usada na indústria alimentícia e a fermentou com levedura, resultando em uma proteína não modificada geneticamente e composta por 20 aminoácidos que podem ser usados para adoçar alimentos e bebidas, substituindo parte dos glicídios.

Em 2016, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população adulta mundial estava com excesso de peso, em parte pelo excesso de açúcar.

Diabetes, doenças cardiovasculares, ou câncer são algumas das consequências disso, além de reduzir a expectativa de vida.

"Descobri uma tecnologia que pode ajudar a resolver o maior problema da humanidade", declarou Samish com orgulho durante conferência na chamada FoodTechIL, um congresso sobre tecnologia alimentar realizado em Tel Aviv.

O país possui cerca de 500 empresas no setor de inovação agroalimentar, de acordo com Eugene Kandel, ex-presidente do Conselho Econômico Nacional de Israel e chefe da ONG Start-Up Nação Central.

Empresas do porte da Mondelez International, especializada em biscoitos e chocolates e proprietária de marcas como Milka, ou Toblerone, marcaram presença no congresso.

"A próxima tendência não é a 'alta tecnologia', mas a 'tecnologia de alimentos'", afirma Samish, que espera que seu produto seja fabricado em grandes quantidades para ser vendido pelos gigantes do agronegócio no mais tardar dentro de dois anos.

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