Café: consumo diminuiu em meio à alta de preços (Tanja Ivanova/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 24 de maio de 2025 às 15h26.
O café é a segunda bebida mais popular do mundo, consumida por milhões de pessoas odos os dias e ficando atrás somente da água.
Nos últimos 12 meses, o preço do café subiu cerca de 80% no Brasil, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), impactando consumidores e mercados globais.
Por ter ficado mais caro, o consumo brasileiro caiu. Dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) mostram que, em abril de 2025, as vendas de sacas de café no varejo registraram queda de 15,96% na comparação com abril de 2024.
Abaixo, confira mitos sobre o café que já foram negados pela ciência:
Uma ideia bastante difundida é que o café torrado mais escuro teria mais cafeína devido ao sabor mais forte.
No entanto, estudos indicam que o teor de cafeína é, na verdade, maior em grãos de torra média quando comparados com os de torra escura, considerando a mesma quantidade utilizada para o preparo.
Portanto, a intensidade do sabor não é um indicativo da quantidade de cafeína na bebida.
Outro mito popular é o de que crianças que consomem café podem ter o crescimento prejudicado. Não há evidências científicas que comprovem essa relação.
Embora a cafeína possa reduzir temporariamente o apetite, esse efeito não se traduz em impacto significativo no desenvolvimento físico das crianças. Contudo, o consumo excessivo pode causar problemas como insônia, ansiedade e desconfortos digestivos em crianças.
Por ser um estimulante, a cafeína é conhecida por seu efeito diurético, levando à crença de que o café desidrata.
Porém, pesquisas controladas mostram que o consumo moderado de café não reduz os níveis de hidratação no corpo de forma significativa, já que a bebida é majoritariamente composta por água.
Apesar de o café acelerar temporariamente os batimentos cardíacos, não há comprovação de que ele cause doenças cardiovasculares. Pelo contrário, estudos recentes sugerem que tomar entre duas e três xícaras diárias pode estar associado a menor risco de problemas cardíacos e mortalidade.