Carl Sagan: ideias do astrônomo continuam guiando debates sobre clima, tecnologia e políticas públicas na América (CBS Photo Archive / Colaborador/Getty Images)
Redatora
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 00h07.
O astrônomo e comunicador científico Carl Sagan discutiu, há mais de três décadas, riscos que poderiam afetar a América e outros países. Suas análises abordavam questões ambientais, sociais e tecnológicas que seguiriam moldando debates públicos muito depois de sua morte.
Sagan defendia que o avanço da ciência e da educação seria determinante para enfrentar problemas como degradação ambiental, desigualdade econômica e tensões políticas. Para ele, decisões inadequadas nessas áreas poderiam comprometer a estabilidade global.
Entre as preocupações centrais do astrônomo estava a deterioração ambiental. Ele chamava atenção para o desmatamento, a poluição e as mudanças climáticas como fatores capazes de afetar diretamente a segurança das futuras gerações. Sua defesa incluía ações coordenadas para reduzir emissões industriais, preservar florestas e utilizar recursos naturais de forma sustentável.
Sagan também alertava para o uso da tecnologia sem supervisão adequada. A corrida armamentista e o desenvolvimento de sistemas capazes de ampliar a capacidade de destruição global eram temas recorrentes em suas reflexões. Na visão do cientista, a inovação deveria ser acompanhada por políticas públicas que garantissem responsabilidade e segurança.
Além das questões militares, ele observava que a automação e o avanço tecnológico poderiam ampliar desigualdades caso não houvesse medidas para reduzir impactos sociais. O incentivo ao pensamento crítico e à educação científica aparecia, em seus discursos, como condição essencial para prevenir crises.
Muitas das projeções feitas por Sagan continuam presentes no debate público atual. Discussões sobre clima, precarização ambiental, regulação tecnológica e riscos nucleares seguem entre as principais preocupações de governos e organizações internacionais.
O divulgador científico ficou conhecido também por seu trabalho na série Cosmos, que aproximou temas de astronomia do grande público. Ele defendia que o conhecimento científico deveria ser acessível, ajudando cidadãos a compreender problemas complexos e a participar de decisões coletivas.