Bella Hadid: supermodelo foi diagnosticada com lyme (Stephane Cardinale - Corbis / Colaborador/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 1 de agosto de 2025 às 07h47.
A doença de Lyme é uma infecção bacteriana causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida para os seres humanos principalmente pela picada do carrapato-de-patas-negras ou carrapato-de-venado. A condição é mais comum em áreas com vegetação densa e populações de carrapatos infectados, como áreas de florestas, campos e jardins, principalmente na América do Norte e na Europa.
O principal sintoma da doença de Lyme é uma erupção cutânea característica chamada eritema migrans, que aparece na área da picada do carrapato e, muitas vezes, assume a forma de um alvo ou "olho de boi".
Os primeiros sinais de infecção incluem febre, dor de cabeça, fadiga e dores musculares, que podem ser facilmente confundidos com outras condições virais ou gripe. Se não tratada, a infecção pode se espalhar para outras partes do corpo, como as articulações, o coração e o sistema nervoso, causando complicações graves, como paralisia facial e problemas cardíacos.
A doença de Lyme geralmente se desenvolve em três estágios:
Estágio Localizado Precoce (3 a 30 dias após a picada):
A infecção começa com a erupção cutânea característica, eritema migrans, acompanhada por sintomas semelhantes aos de uma gripe, como febre, calafrios, dores musculares e fadiga. Além disso, pode haver inchaço nos gânglios linfáticos e rigidez nas articulações.
Estágio Disseminado Precoce (semanas a meses após a picada):
Se não tratada, a infecção pode se espalhar para outras partes do corpo, resultando em múltiplas erupções cutâneas em várias partes do corpo. Também podem surgir sintomas mais graves, como dor no pescoço, fraqueza muscular (incluindo paralisia facial), irregularidades no ritmo cardíaco (como cardite de Lyme), e problemas neurológicos, como dores de cabeça intensas e dificuldades de concentração.
Estágio Disseminado Tardio (meses a anos após a picada):
No estágio mais avançado da doença, as complicações podem incluir artrite severa com dor nas articulações, especialmente nos joelhos, além de sintomas neurológicos contínuos, como dormência, formigamento e problemas cognitivos (conhecidos como "nevoeiro cerebral"). Em algumas regiões da Europa, também pode surgir uma condição cutânea conhecida como acrodermatite crônica atrofiantes.
O diagnóstico de Lyme é feito com base nos sintomas clínicos e no histórico de exposição a áreas com carrapatos. Testes laboratoriais, como o ensaio imunoenzimático (ELISA), seguido por um teste de Western blot, podem confirmar a infecção.
O tratamento precoce com antibióticos é altamente eficaz, e a maioria das pessoas se recupera completamente quando a infecção é tratada nas fases iniciais.
No entanto, alguns pacientes podem continuar a experimentar sintomas persistentes, como fadiga e dor nas articulações, mesmo após o tratamento. Esse fenômeno é conhecido como síndrome pós-tratamento da doença de Lyme e ainda está sendo estudado para entender melhor sua causa.
A prevenção da doença de Lyme envolve evitar áreas infestadas por carrapatos, como bosques e campos, além de adotar medidas para reduzir o risco de picadas. Isso inclui o uso de repelentes, roupas protetoras e a verificação cuidadosa da pele e das roupas após atividades ao ar livre.
Se uma picada de carrapato for identificada, é importante removê-lo corretamente o mais rápido possível para reduzir o risco de infecção.
Entre os famosos que revelaram detalhes sobre sua luta contra a doença estão: