Foto misteriosa da Nasa mostra Marte mais brilhante do que antes (Getty/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 3 de julho de 2025 às 11h49.
Um pedaço de Marte vai a leilão em Nova York e trata-se do meteorito NWA 16788, o maior fragmento marciano já encontrado na Terra, com impressionantes 24,67 kg.
A casa de leilões Sotheby’s programou o evento para o dia 16 de julho de 2025, com expectativas de arrecadar até US$ 4 milhões (aproximadamente R$ 21,8 milhões), o que pode torná-lo o meteorito mais valioso já leiloado.
Esse fragmento foi descoberto em novembro de 2023 no deserto do Saara, na região de Agadez, Níger, por um caçador de meteoritos. Exames científicos confirmaram sua origem marciana, resultado de um impacto de asteroide que lançou a rocha ao espaço, fazendo-a percorrer cerca de 362 milhões de quilômetros até atingir a Terra.
O NWA 16788 representa cerca de 6,5% do peso total de todos os meteoritos marcianos conhecidos, que somam pouco mais de 400 exemplares entre os mais de 77 mil meteoritos registrados no planeta.
Além do tamanho excepcional — cerca de 70% maior que o segundo maior fragmento marciano já encontrado —, o meteorito possui características únicas. Sua superfície exibe uma crosta marrom-avermelhada com marcas típicas da entrada na atmosfera terrestre, incluindo uma camada vítrea chamada maskelynite, formada sob alta pressão e temperatura durante o impacto e a passagem atmosférica.
Essas particularidades não apenas confirmam sua origem, mas também fornecem importantes informações sobre os processos geológicos e atmosféricos de Marte.
Antes do leilão, o NWA 16788 foi exibido em instituições de prestígio, como a Agência Espacial Italiana, em Roma, e em uma galeria particular na Toscana, Itália, ampliando seu reconhecimento científico e cultural.
O valor estimado para o leilão reflete não só a raridade e o tamanho do fragmento, mas também o fascínio global pelo planeta vermelho e a crescente valorização de meteoritos raros no mercado internacional.
Nos últimos anos, o interesse por esses objetos celestes tem crescido, impulsionado inclusive por colecionadores jovens e investidores do mercado de criptomoedas, que veem nesses itens uma combinação de valor científico, histórico e estético.