Agência
Publicado em 29 de julho de 2025 às 15h27.
Última atualização em 29 de julho de 2025 às 16h50.
No último dia 27, o site americano AInvest publicou um artigo sobre a expansão da China no setor aeroespacial. Segundo a análise, os avanços tecnológicos e os investimentos estatais do país estão alterando o equilíbrio global nas indústrias de exploração espacial e telecomunicações por satélite.
A Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), principal estatal do setor, aumentou seu orçamento e reforçou a produção da série de foguetes Longa Marcha.
O objetivo vai além do lançamento de satélites, e o país busca consolidar uma infraestrutura orbital comparável à da SpaceX. Além disso, o braço comercial da CASC, que inclui startups privadas, amplia o alcance das operações e oferece oportunidades em mercados em desenvolvimento.
A China lançou constelações de satélites como a China SatNet Constellation e a Spacesail Constellation, que funcionam como alternativas à Starlink. Essas redes visam fornecer internet via satélite a países em desenvolvimento, em projetos vinculados à ajuda internacional e à padronização técnica com foco na integração global.
Empresas como a SpaceX enfrentam pressão para reduzir custos e manter sua presença em regiões onde a China avança com parcerias estratégicas. A LandSpace, startup chinesa do setor, pode entrar em fase de crescimento acelerado caso consiga escalar suas operações. Além disso, as parcerias espaciais entre China e países como Brasil e Nigéria também representam oportunidades indiretas de investimento em infraestrutura regional de telecomunicações e dados.
A análise conclui que o programa espacial chinês representa uma reconfiguração estratégica de longo prazo, com efeitos diretos sobre a dinâmica de investimentos globais. Investidores que identificarem empresas ligadas a essa nova cadeia de valor, tanto estatais quanto privadas, terão mais chances de aproveitar a próxima fase da economia espacial.