Stephen Hawking: cientista já falava de IA no fim dos anos 1990 (Dave J Hogan/Getty Images/Getty Images)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 24 de novembro de 2025 às 23h31.
Em 1999, Stephen Hawking fez uma previsão ousada: até 2025, a inteligência artificial superaria as capacidades humanas, marcando o início de uma nova era tecnológica. Em 2014, quinze anos após sua previsão inicial, ele declarou à BBC que "o desenvolvimento total da inteligência artificial pode significar o fim da raça humana."
A preocupação central de Hawking nunca foi sobre robôs assassinos ou máquinas com intenções malévolas. O verdadeiro risco, segundo ele, estava no desequilíbrio de poder criado por uma inteligência superior que evolui mais rápido do que conseguimos acompanhar.
Se uma IA se tornar autônoma, capaz de redesenhar-se a si mesma, estaríamos diante de uma situação inédita, explicava o físico. Enquanto os humanos estão limitados pela lenta evolução biológica, uma máquina capaz de se autoaperfeiçoar poderia evoluir exponencialmente, deixando a humanidade para trás em questão de anos.
As previsões de Hawking sobre a presença da IA no cotidiano já se materializaram. Assistentes virtuais como Alexa e Google Assistant estão em milhões de lares. Robôs operam fábricas inteiras. Algoritmos de machine learning tomam decisões que afetam desde aprovações de crédito até diagnósticos médicos.
Juntosses avanços vieram os problemas que Hawking também previu. A automação em massa elimina empregos em ritmo acelerado, concentrando riqueza e poder nas mãos de quem controla os sistemas mais avançados.
"O sucesso na criação de IA será o maior evento da história da civilização, ou o último, a menos que aprendamos a evitar os riscos", afirmou Hawking anos antes de sua morte, em 2018. Agora, em 2025, suas previsões de 1999 se confirmaram.