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Autor do livro "Você em Ação"
Publicado em 25 de agosto de 2025 às 13h32.
Foram três dias intensos de CONARH 2025. O maior evento de gestão de pessoas da América Latina mostrou, mais uma vez, que o RH está no centro das transformações que as empresas precisam viver. Entre painéis, encontros e conversas de bastidores, o que vi foi um chamado claro: não dá mais para separar estratégia de negócio de estratégia de gente. Diversidade, cultura, tecnologia, liderança e impacto social deixaram de ser “tópicos de congresso” para se tornarem questões de sobrevivência empresarial
No painel sobre diversidade e inclusão, ficou claro: envelhecimento ativo é papo sério. Nos provocarmos com a ideia de que, à medida que envelhecemos, ganhamos chances novas, façamos carreiras em mosaico, aprendizado sem prazos. Um painel nos trouxe dados que pesam: a expectativa média de vida no Brasil é de 76 anos e os índices de suicídio entre idosos são os mais elevados. Ele perguntou: será que nossos programas de inclusão contemplam essa faixa etária ou a continuam invisível? Foi aquele choque que transforma nossa visão sobre RH.
Outra conversa poderosa foi sobre perfis comportamentais alinhados a decisões orientadas por dados. O impacto disso? Um RH que não chuta, mas sabe traçar tendências reais e construir ações certeiras. Não li citações diretas, mas o entendimento geral é que a integração entre quem somos e o que os dados mostram é o caminho para decisões mais humanas e estratégicas.
“Cultura em transformação” virou mantra para reter e atrair talentos. A adaptabilidade deixa de ser diferencial: é estratégia essencial para quem quer se conectar de verdade com as pessoas, não é só uma política, é um jeito de agir.
O papel do RH vai muito além de tratamento interno. Tem que bater na porta da sociedade, questionar e provocar transformações. Empresas que se movem pelo senso de propósito com ações reais na comunidade mostram que o RH tem voz forte no futuro do Brasil e, olha, precisamos usar essa voz com responsabilidade mesmo.
Ouvi “mercado em constante reinvenção” e “desenvolvimento não linear”. Isso significa que não existe mais trajetória predeterminada. Hoje, carreira pode ter bifurcações, redirecionamentos, somas inesperadas. O convite? Abrace essa complexidade e ajude seus times a também navegar nesse panorama dinâmico.
Organização que equilibra bem o cuidado com o que sustenta o core e a coragem para explorar o novo tem mais chances de prosperar. O termo foi “ambidestria”: capacidade de inovar sem descuidar do que já construímos. Choquei com a clareza da ideia — hora de revisar nossos conceitos sobre mudança e estabilidade.
Num mundo hiperconectado, atenção virou raro e precioso. Estar presente, escutar de verdade, se importar de fato — principalmente nos ambientes digitais — é o que diferencia empresas que só funcionam das que realmente importam. Isso vale para experiência do colaborador (EX) e para toda jornada digital no RH.
Resumo prático para reflexão diária: