Metaverso: analistas indicam que as terras digitais em plataformas de realidade virtual estão começando a funcionar como ativos imobiliários da vida real. (Facebook/Meta/Reprodução)
Andres Bilbao
Publicado em 30 de outubro de 2021 às 12h18.
Fonte: visualcapitalist.com/visualizing-150-years-of-u-s-employment-history/ (Andres Bilbao/Divulgação)
Há poucas gerações, escolher (e explicar) uma profissão era uma missão fácil. Muitas vezes, a escolha seguia o histórico de cada família: médicos, advogados ou agricultores eram as opções óbvias.
Nas últimas décadas, entretanto, a diversificação da econômica se acelerou e novas profissões começaram a surgir. O interesse por economia e administração de empresas aumentou com as funções de varejo e atacado ganhando escala: telecomunicações, entretenimento, serviços financeiros e educação começaram a desenhar o cenário para que grandes empresas de tecnologia como Google, novos unicórnios como a Rappi e ONGs se tornassem as opções desejadas.
Fonte: https://www.kauffman.org/wp-content/uploads/2019/12/firm_formation_importance_of_startups.pdf (Andres Bilbao/Divulgação)
Desde a década de 70 as empresas iniciantes passaram a ser as grandes responsáveis pela criação de empregos. Em 2015, 414.000 startups criaram 2,5 milhões de novos empregos nos EUA e entre 2015 e 2019, o número de startups no Brasil mais que triplicou, passando de 4.151 para 12.727, um crescimento de 207%.
A gig economy, sistema de mercado livre baseado em acordos de trabalho de curto prazo entre empresas e trabalhadores independentes, já é responsável por 57,3 milhões de empregos só nos Estados Unidos. E em 2027, esse número deve chegar a 86,5 milhões.
Entre as startups, as fintechs foram as responsáveis pelo maior crescimento dos últimos anos. E um dos grandes destaques da nova economia são as novas profissões vinculadas ao setor das criptomoedas e da blockchain. Arquitetos de blockchain já figuram entre as profissões mais bem pagas e mais solicitadas de 2021. Mas uma olhada no cryptocurrencyjobs mostra que até mesmo funções não-tech relacionadas ao setor guardam grandes oportunidades.
Se sua filha escolher trabalhar como gestora de comunidade de um projeto cripto, ela pode ter uma remuneração de até R$ 70 mil por mês. Mais do que muitos donos de grandes empresas, médicos e juízes. E ela pode fazer isso de casa, da praia ou de pijama.
- (Andres Bilbao/Divulgação)
Mas, talvez, além de saber manter uma comunidade saudável, ela também precise saber fazer memes para conseguir esse nível de remuneração.
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Atualmente, existem muitas opções dentro do mercado de criptomoedas. E à medida que Bitcoin atinge novos patamares e a indústria cripto converge com setores, tais como realidade virtual, jogos, entretenimento e games, uma nova classe de trabalhadores surgiu: os trabalhadores do metaverso.
No final de setembro, o Facebook anunciou que vai gastar US$ 50 milhões só em 2021 para construir um metaverso, definido como:
''Um conjunto de espaços virtuais onde você pode criar e explorar com outras pessoas que não estão no mesmo espaço físico que você. Você poderá sair com amigos, trabalhar, brincar, aprender, fazer compras, criar e muito mais. Não se trata necessariamente de passar mais tempo online - trata-se de tornar o tempo que você passa online mais significativo.''
Apesar da notícia impactante, os metaversos já estão sendo construídos pela comunidade cripto há alguns anos e alguns projetos já contam com quase 2 milhões de usuários. Nesse cenário, há duas ''categorias'' de empregos que estão sendo geradas:
Fonte: https://twitter.com/staratlas/status/1361397087275950080 (Andres Bilbao/Divulgação)
Embora seja prudente considerar o riscos de lidar com qualquer inovação, com a ascensão da web3, a entrada dos nativos digitais no mercado de trabalho e a possibilidade de que 85% das profissões que existirão em 2030 ainda não tenham sido criadas hoje, é imprescindível considerar as oportunidades que o metaverso guarda.