Conheça 9 profissões ligadas à inteligência artificial
Colunista
Publicado em 7 de abril de 2025 às 19h02.
Muito tem se falado sobre Artificial Inteligence (AI) nos últimos tempos. Porém, nem tanto ainda sobre a AGI – Artificial General Inteligence. Li um artigo instigante sobre AGI no Wall Street Journal, escrito por ninguém menos que Eric Schmidt, que foi CEO e Presidente Executivo do Google (agora Alphabet) entre os anos de 2001 e 2017. Portanto, trata-se de alguém que conhece as entranhas do assunto. Reproduzo abaixo, com pequenas adaptações, os trechos que julguei mais relevantes:
“A AI tem potencial para criar algo equivalente a um novo Renascimento no conhecimento e nas capacidades humanas. Refiro-me à AGI – Artificial General Intelligence, que será alcançada quando a AI for capaz de ir além de tarefas específicas, ou seja, quando desenvolver uma capacidade generalizada de compreender, aprender e executar qualquer tarefa intelectual que um ser humano possa realizar. Os contornos de um futuro com AGI começam a tomar forma. Sistemas de AI capazes de operar no nível intelectual dos principais cientistas do mundo estão chegando em breve—provavelmente até o final da década.
Os modelos atuais de AI, como o ChatGPT-4, foram treinados através do aprendizado profundo (deep learning), que se baseia em algoritmos e grandes redes neurais para identificar padrões e conexões em conjuntos massivos de dados. Já os modelos de raciocínio – que são a base da AGI – adotam uma abordagem diferente, acrescentando o conceito do aprendizado por reforço. Em vez de aprender apenas a partir de conjuntos de dados estáticos, o aprendizado por reforço envolve o treinamento ativo dos modelos utilizando o método da tentativa e erro. O modelo tenta uma solução e, se encontra um obstáculo, ajusta a estratégia até encontrar uma abordagem melhor.
Um caminho alternativo seria inspirado em métodos humanos de pensamento, como raciocínio por analogia e síntese de ideias entre domínios distintos. Einstein não descobriu a teoria da relatividade por meio de infinitas operações matemáticas, mas sim através de saltos conceituais. Quando esse tipo de pensamento puder ser incorporado em sistemas de AI, o potencial de conhecimento se expandirá para muito além do que conseguimos compreender hoje.”
Portanto, se você ainda não se aventurou pelo mundo da AI, está perdendo tempo e ficando para trás. Essa é uma realidade inexorável, já presente em diversas áreas do conhecimento. Outro dia ouvi de um professor a seguinte frase: “Pode ser que você não seja substituído pela AI, mas certamente o será por alguém que sabe fazer uso dela.”
Vivemos em uma era de evolução tecnológica exponencial, onde o uso da AI – e agora da AGI – parece não ter limites. A realidade se impõe de forma inescapável. Ou acompanhamos essa revolução, ou nos tornamos obsoletos, ultrapassados, substituídos. Para ilustrar esse contexto, encerro este texto com a parábola do tigre, que expressa de forma clara e objetiva esta realidade:
Dois homens caminhavam descalços por um córrego em plena selva africana. De repente, surge um tigre com cara de poucos amigos bem na frente deles. Um dos homens senta-se sobre uma pedra e rapidamente começa a calçar os tênis. O outro, surpreso, pergunta:
— Pra que diabos você está calçando os tênis? Acha que consegue correr mais do que o tigre? O homem, já amarrando os cadarços, responde:
— Mais do que o tigre, não. Mas consigo correr mais do que você.