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Motor de McLaren de Senna e Berger na F1 vai virar suvenir; entenda

“Memorabilia business” da Honda venderá peças do V10 que levou brasileiro ao bicampeonato em 1990

McLaren de Senna. (Divulgação/Divulgação)

McLaren de Senna. (Divulgação/Divulgação)

Rodrigo Mora
Rodrigo Mora

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Publicado em 5 de abril de 2025 às 08h06.

Uma vez milionários, fãs de Ayrton Senna partem para extravagâncias. No último leilão da RM Sotheby’s (de onde saiu o sexto carro mais caro do mundo, diga-se), um deles desembolsou 90 mil euros, algo em torno de R$ 550 mil, pelo macacão que o ex-piloto de Fórmula 1 usara na temporada de 1988. Foi quase o mesmo que mandaram em um Porsche 911 Targa 1971 no mesmo evento, realizado há dois meses, em Paris. 

Por isso a Honda Racing Corporation não deve se preocupar com seu novo negócio de suvenires automotivos, que, segundo a marca, “contemplará produtos assinados, itens colecionáveis ​​de edição limitada e artefatos raros do legado histórico da Honda no automobilismo”. Partes do motor RA100E que impulsionou os McLaren de Senna e Gerhard Berger no campeonato de 1990 – conquistado pelo brasileiro – vão inaugurar a oferta de itens colecionáveis, que será exibida pela primeira vez no Monterey Car Week, em agosto, na Califórnia (EUA).

A HRC garante que a desmontagem do V10 foi feita pelos mesmos mecânicos que montaram o motor 35 anos atrás. Sem divulgar valores, a empresa informa que a gama de peças disponíveis foi selecionada pelo Honda Collection Hall (acervo de clássicos da marca japonesa) e vai de eixos de comando a pistões e bielas, “lindamente alojados em caixas prontas para serem exibidas, cada uma acompanhada de um certificado original da HRC para autenticidade”. Elementos da IndyCar serão os próximos.

Eixo da McLaren do Senna. (Divulgação/Divulgação)

"Nosso objetivo é fazer deste um negócio valioso que permita que os fãs que amam F1, MotoGP e várias outras corridas compartilhem a história dos desafios da Honda nas corridas desde a década de 1950. Incluir nossos fãs para possuir uma parte da história das corridas da Honda não pretende ser um esforço único, mas sim um negócio contínuo que iremos nutrir e desenvolver”, explica Koji Watanabe, presidente da HRC. 

DTM na garagem

Enquanto a Honda venderá pedaços de um motor de corrida como suvenir, a Audi venderá carros de corrida completos – no caso, protótipos das categorias LMP1 (divisão do World Endurance Championship) e DTM outrora produzidos pela marca.

Reservados a um seleto grupo de colecionadores, o RS 5 da DTM e o R18 e-tron quattro da WEC poderão ser pilotados em pista e embutirão suporte abrangente, como inspeções técnicas regulares, reparos, peças de reposição e consultoria especializada.

Pistão da McLaren do Senna. (Divulgação/Divulgação)

"Estamos reconstruindo esses chassis junto com peças recondicionadas daquela época em carros de corrida de acordo com padrões rigorosos e com um alto nível de especialização", diz Rolf Michl, Diretor Executivo da Audi Sport GmbH. "Em alguns casos, até mesmo os desenvolvedores daquela época estão envolvidos nos projetos”, completa.

O programa de compra de carros de corrida da Audi Sport será apresentado oficialmente em três eventos: Jim Clark Revival (de 9 a 11 de maio, na Alemanha), Le Mans Classic (de 3 a 6 de julho, na França) e Goodwood Festival of Speed (10 a 13 de julho, no Reino Unido).

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