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Quem paga as leniências das empreiteiras envolvidas na Lava Jato?

As negociações de acordos de leniência entre empreiteiras e órgãos federais correm o risco de entrar no campo do faz de conta

Obra da Odebrecht: empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa estão entre as nove empresas em negociação com a CGU e a Advocacia-Geral da União (AGU) (Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/Exame)

Obra da Odebrecht: empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa estão entre as nove empresas em negociação com a CGU e a Advocacia-Geral da União (AGU) (Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/Exame)

PL

Primeiro Lugar

Publicado em 29 de março de 2018 às 05h00.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 05h00.

As negociações de acordos de leniência entre empreiteiras e órgãos federais correm o risco de entrar no campo do faz de conta, segundo os advogados das companhias. Interessadas em fechar logo seus acordos, as empresas tendem a aceitar multas altas para voltar a fazer obras públicas — mesmo sem garantias de que conseguirão pagar.

A UTC, que fechou seu acordo de leniência antes de pedir recuperação judicial no ano passado, deu neste mês um calote na multa de 139 milhões de reais combinada com o Cade, conselho de defesa econômica. Procurada, a UTC informou que está sem acesso a recebíveis e que honrará os compromissos assim que possível.

A Odebrecht negocia um acordo com a Controladoria-Geral da União e tenta que o valor não ultrapasse os 3,8 bilhões de reais fixados com o Ministério Público. Executivos dizem que até esse valor dá para pagar.

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