Economia

50 países assinarão compromisso na luta contra fraude fiscal

Cerca de 50 países se comprometerão com o intercâmbio de informações fiscais até 2017-2018, um avanço na luta contra a evasão e a fraude


	Sede da OCDE: acordo multilateral se baseia em critérios definidos pela organização
 (Eric Piermont/AFP)

Sede da OCDE: acordo multilateral se baseia em critérios definidos pela organização (Eric Piermont/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 13h59.

Berlim - Cerca de 50 países se comprometerão nesta quarta-feira, em Berlim, com o intercâmbio automático de informações fiscais até 2017-2018, marcando um avanço na luta contra a evasão e a fraude, que geram uma perda de bilhões de euros.

"As probabilidades estruturais de fraude ao fisco desaparecem. A era do sigilo bancário terminou", apontam fontes do Ministério alemão da Economia, onde na terça e na quarta-feira será realizada a reunião do Fórum Mundial sobre a Transparência e o Intercâmbio de Informações.

O fórum reúne 122 Estados e jurisdições, assim como a União Europeia (UE).

Uma soma gigantesca está em jogo: aproximadamente 5,8 bilhões de euros podem estar escondidos em paraísos fiscais, ou seja, uma perda de 130 bilhões de euros por ano para as administrações fiscais do mundo inteiro, segundo o economista Gabriel Zucman, especialista em fraude fiscal.

O acordo multilateral se baseia em critérios definidos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A norma elaborada pela OCDE, a pedido do G20, está destinada a se tornar um modelo internacional. Entre outras coisas prevê o fim do sigilo bancário, que até agora era uma alegação de países como a Suíça e de determinados paraísos fiscais que se negavam a transmitir informações sobre os depósitos de cidadãos estrangeiros.

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