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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h57.
O saldo do agronegócio brasileiro atingiu US$ 16,1 bilhões de janeiro a agosto deste ano, com exportações de US$ 19,2 bilhões e importações de US$ 3,1 bilhões. O complexo soja (grão, farelo e óleo) foi responsável por 23% deste movimento. Os dados foram divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
De acordo com o assessor técnico da entidade, Paulo Mustafaga, o agronegócio deve exportar US$ 27 bilhões e importar US$ 4 bilhões este ano, o que resultará em um saldo de US$ 23 bilhões. De janeiro a agosto de 2002, as exportações chegaram a US$ 14,7 bilhões e as importações a US$ 3 bilhões, o que rendeu ao país US$ 11,7 bilhões.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, afirmou que o governo brasileiro continuará exigindo abertura de mercado e a redução dos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos, nas negociações multilaterais. Segundo ele, o desempenho crescente da agricultura brasileira no exterior está assustando os países concorrentes. Ele observou que as nações industrializadas gastam anualmente cerca de US$ 320 bilhões em subsídios agrícolas e que a recente reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada em Cancún, no México, evidenciou a resistência das nações ricas para a abertura do mercado agrícola mundial.
Safra
A concessão de crédito agrícola no valor de R$ 32,5 bilhões em 2003, um incremento de 26% em relação ao ano passado, contribuirá para que a safra brasileira supere 125 milhões de toneladas em 2004, afirmou Wedekin. O volume estimado será recorde em relação aos 122 milhões de toneladas projetadas para a safra 2003.
Segundo Wedekim, outra iniciativa que permitirá que o país tenha nova safra recorde é o deslocamento de R$ 5 bilhões para investimentos em armazenagem, irrigação e pastagens. Ele informou que, além do novo recorde de safra, o ministério pretende em 2004 estimular a formação de estoques públicos e a produção de alimentos básicos. Na análise do secretário, em razão das condições favoráveis às exportações, tanto no que se refere ao câmbio, quanto em termos de aumento da produtividade, 80% da safra devem ser escoados para o mercado externo e 20%, para o consumo doméstico. As informações são da Agência Brasil.