Economia

Analistas pioram previsão para PIB em 2015 e em 2016

Há uma semana, o mesmo grupo de economistas calculava uma queda de 2,55% do PIB este ano e de 0,6% no próximo


	Moeda brasileira: país já está em recessão técnica após dois trimestres de crescimento negativo entre janeiro e junho, e as contas fiscais do país se deterioraram rapidamente nos últimos meses
 (Sergio Moraes/Reuters)

Moeda brasileira: país já está em recessão técnica após dois trimestres de crescimento negativo entre janeiro e junho, e as contas fiscais do país se deterioraram rapidamente nos últimos meses (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 10h20.

Brasília - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve encolher 2,7% em 2015 e 0,8% em 2016, segundo as projeções semanais dos analistas do mercado financeiro divulgadas nesta segunda-feira pelo Banco Central.

Os dados do "Boletim Focus", uma publicação semanal da autoridade monetária que inclui uma pesquisa com uma centena de analistas de entidades financeiras privadas, voltam a prever uma piora do cenário econômico.

Há uma semana, o mesmo grupo de economistas calculava uma queda de 2,55% do PIB este ano e de 0,6% no próximo, depois de a agência qualificadora Standard & Poor's (S&P) reduzir a classifcação de risco do Brasil para o nível BB, o que significou a perda do "grau de investimento".

O Brasil já está em recessão técnica após dois trimestres de crescimento negativo entre janeiro e junho, e as contas fiscais do país se deterioraram rapidamente nos últimos meses também pela queda da arrecadação.

No meio de uma crise política com o Congresso dividido e agravada pelos escândalos de corrupção na Petrobras, o governo tem encontrado dificuldades para iniciar um plano de ajuste fiscal, com austeridade do gasto público e mais fontes de arrecadação tributária.

Quanto à inflação de 2015, os analistas elevaram as projeções, de 9,29% para 9,34%. Para 2016, as previsões de inflação passaram de 5,64% para 5,7%.

Já para a Selic, a taxa básica de juros, atualmente em 14,25% , o mercado prevê que esse nível se manterá até o final do ano, e para 2016 elevaram o cálculo de 12% para 12,25%.

A cotação estimada para o dólar até o final de 2015, que há uma semana era de R$ 3,70, subiu para R$ 3,86 reais e em 2016 para R$ 4, acima dos R$ 3,8 previstos há oito dias.

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