Economia

ANP prorroga consultas públicas para atrair investimentos em combustíveis

Consultas tratam de verticalização da cadeia de distribuição de combustíveis e da tutela regulatória da fidelidade à bandeira

ANP: agência estuda proibir que, em contratos atuais, transportadoras do combustível por duto tenham vínculo societário com o cliente da estrutura (Grafoto/Thinkstock)

ANP: agência estuda proibir que, em contratos atuais, transportadoras do combustível por duto tenham vínculo societário com o cliente da estrutura (Grafoto/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 20h18.

Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prorrogou por 30 dias duas tomadas públicas de contribuição que visam estimular a atração de investimentos para o setor de combustíveis no Brasil, informou a autarquia nesta quinta-feira, 4.

As tomadas públicas tratam de verticalização da cadeia de distribuição de combustíveis e da tutela regulatória da fidelidade à bandeira.

Ambas consideram contribuições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no período da greve dos caminhoneiros que incluem, dentre outros temas, a possibilidade de produtores de etanol venderem diretamente aos postos; avaliação da verticalização do setor de varejo de combustíveis; e a permissão de importação de combustíveis pelas distribuidoras.

No caso da tomada pública sobre verticalização, a agência estuda proibir que, em contratos atuais, transportadoras do combustível por duto tenham vínculo societário com o cliente da estrutura, que pode ser o produtor ou um distribuidor. A ideia, segundo a ANP, é tornar o transportador independente e atrair novos investidores além da Petrobras.

Já no caso da fidelidade à bandeira, a ANP estuda o fim da tutela regulatória da fidelidade à bandeira, considerando experiência internacional em que somente combustíveis aditivados recebem a proteção da marca, pois os demais são commodities, dentre outras questões.

O adiamento da conclusão da consulta foi decidido pela diretoria da ANP, em reunião realizada nesta quinta-feira. Em nota, a autarquia informou que a medida "foi concedida a pedido do mercado, que solicitou mais tempo para analisar os temas e elaborar estudos técnicos".

Com isso, ambas as tomadas públicas irão vigorar até 19 de novembro.

 

Acompanhe tudo sobre:ANPCadeCombustíveisGás e combustíveis

Mais de Economia

China impõe tarifa provisória de 75% sobre importação de canola do Canadá

Alckmin chama empresários para anúncio de medidas em resposta ao tarifaço de Trump

Lula confirma linha de crédito de R$ 30 bi para exportadores afetados pelas tarifas de Trump

Plano de socorro a afetados por tarifaço de Trump será apresentado nesta quarta, diz Haddad