Economia

Appy: União, Estados e municípios terão de trabalhar coordenados para formatar futuro tributo

Secretário do Ministério da Fazenda afirmou que leis complementares para a regulamentação da proposta serão elaboradas em conjunto pelos entes federativos

Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda (Leandro Fonseca./Exame)

Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda (Leandro Fonseca./Exame)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 27 de novembro de 2023 às 15h47.

O secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou nesta segunda-feira, 27, que a União, os Estados e os municípios terão de trabalhar "de forma coordenada" na formatação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual que será criado com a aprovação da proposta para substituir cinco impostos atuais sobre consumo.

Appy participa do XVI Encontro Nacional de Administração Tributária (ENAT), que ocorre em Brasília.

O secretário também reforçou que as leis complementares para a regulamentação da proposta serão elaboradas em conjunto pelos entes federativos e frisou que o País está concluindo apenas o primeiro passo da reforma ao aprovar a PEC no Congresso. "É uma maratona. Estamos nos dez quilômetros da maratona. Ainda temos muito chão pela frente para que a mudança no nosso sistema de tributos seja concluída", afirmou.

Appy disse que o Parlamento tem seu tempo, mas reforçou que a expectativa do governo é de que a reforma seja promulgada até o fim deste ano. A proposta foi aprovada no Senado no último dia 8 e agora o relator na Câmara avalia as mudanças feitas pelos senadores.

A proposta simplifica o sistema tributário do País ao substituir impostos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por três tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que é federal, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que reúne os impostos estaduais e municipais, e o Imposto Seletivo. Há regimes específicos e alíquotas diferenciadas para determinados setores.

Para Appy, se a proposta fosse aprovada sem as exceções, o Brasil teria o "melhor sistema do mundo". Mesmo assim, ele avalia que a PEC da forma como está ainda permite que o País tenha um sistema tributário "muito superior ao atual".

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:Reforma tributária

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron