Economia

Argentina e Rússia assinam acordo para exploração de urânio

O acordo foi selado durante uma visita do presidente argentino Mauricio Macri a Moscou

Macri: a Argentina tem buscado impulsionar a geração de energia nuclear (Martin Acosta/Reuters)

Macri: a Argentina tem buscado impulsionar a geração de energia nuclear (Martin Acosta/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 18h25.

Buenos Aires - A Argentina e a Rússia assinaram um memorando de entendimento para impulsionar a exploração e produção de urânio no país sul-americano que pode incluir 250 milhões de dólares em investimentos, disse o ministro de Relações Exteriores da Argentina nesta terça-feira.

O acordo foi selado durante uma visita do presidente argentino Mauricio Macri a Moscou. Assinaram o documento o ministro de Relações Exteriores, Jorge Faurie, o presidente executivo da russa Uranium One Group e o presidente da UrAmerica, com sede em Londres, que explora urânio na Argentina e no Paraguai.

A Argentina tem buscado impulsionar a geração de energia nuclear, que depende do urânio, para reduzir seu déficit energético. Em um comunicado conjunto com Macri, o presidente russo Vladimir Putin disse que a estatal nuclear russa Rosatom propôs a construção de uma usina nuclear na Argentina.

A Argentina já gera 5 por cento de sua eletricidade com três reatores nucleares, e o país tem planos de começar a construção de dois novos reatores no segundo semestre deste ano, a um custo de 13 bilhões de dólares. A maior parte do valor deve ser financiada por organizações chinesas.

O ministro de Relações Exteriores argentino disse em comunicado que o objetivo do acordo assinado nesta terça-feira é alcançar "autossuficiência em urânio".

A Uranium One é uma subsidiária integral da Rosatom e é a quarta maior produtora de urânio do mundo.

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