Economia

Autoridades do Japão minimizam perdas da bolsa de valores

Presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, descartou a possibilidade de elevar a taxa de juros em breve

Kuroda: "a inflação no Japão nem mesmo chegou a 1 por cento. Assim, é inapropriado mudar prematuramente a política monetária apenas para criar espaço futuro" (Yuya Shino/Reuters)

Kuroda: "a inflação no Japão nem mesmo chegou a 1 por cento. Assim, é inapropriado mudar prematuramente a política monetária apenas para criar espaço futuro" (Yuya Shino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 10h41.

Tóquio - Autoridades do Japão prometeram manter o forte suporte monetário e buscaram dissipar as preocupações de que as perdas acionárias globais poderiam afetar a recuperação, destacando que os fundamentos econômicos do país permaneciam fortes.

Eles evitaram alertar os mercados contra elevar o iene demais, conforme os investidores começavam a comprar a moeda japonesa, considerada um ativo seguro em momentos de nervosismo do mercado.

O presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, descartou a possibilidade de elevar a taxa de juros em breve, dizendo ao Parlamento que era "inapropriado" fazer isso com a inflação ainda distante da meta de 2 por cento.

"A inflação no Japão nem mesmo chegou a 1 por cento. Assim, é inapropriado mudar prematuramente a política monetária apenas para criar espaço futuro", disse Kuroda nesta terça-feira.

O primeiro-ministro, Shinzo Abe, também expressou expectativa de que o Banco do Japão mantenha a política monetária expansionista.

O índice acionário japonês Nikkei despencou para mínimas em quase quatro meses nesta sessão depois da queda de Wall Street por preocupação de que os principais bancos centrais possam reduzir o estímulo mais rápido que o esperado diante de sinais mais fortes de inflação.

O dólar caiu a 108,73 ienes, abaixo do nível de 110 ienes em que muitas indústrias japonesas baseiam suas previsões de lucro para o ano fiscal que termina em março.

Algumas autoridades do governo temiam que a volatilidade do mercado possa desencorajar as empresas a elevarem os salários, embora por enquanto muitas acreditem que a turbulência seja temporária.

"Os lucros corporativos do Japão estão em máxima recorde, os salários e o mercado de trabalho estão melhorando e os gastos dos consumidores estão recuperando. A economia do Japão está sólida", disse o ministro da Economia, Toshimitsu Motegi, em entrevista à imprensa.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresJapãoJuros

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron