Economia

Banco do Japão ampliará compra de ativos em quase US$ 120 bi

Esse é o principal instrumento para injetar liquidez ao sistema


	Sede do BoJ em Tóquio: Banco ampliará compra de ativos em quase US$ 120 bilhões
 (Kazuhiro Nogi/AFP)

Sede do BoJ em Tóquio: Banco ampliará compra de ativos em quase US$ 120 bilhões (Kazuhiro Nogi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 06h17.

Tóquio, 20 dez (EFE).- O Banco do Japão (BOJ) anunciou nesta quinta-feira que ampliará em 10 trilhões de ienes (US$ 118,7 bilhões) seu programa de compra de ativos, seu principal instrumento para injetar liquidez ao sistema.

Ao término de sua reunião mensal de dois dias, o banco central do país anunciou, além disso, que manterá as taxas de juros entre 0% e 0,1%, baixíssimo nível em que estão desde 2010.

O volume total do programa de compra de ativos ficará em 101 trilhões de ienes (US$ 1,08 trilhão) após o último aumento, que corresponderá a novas aquisições de títulos do Estado japonês.

O BOJ já ampliara esse programa em quantias semelhantes nos meses de setembro e outubro a fim de estimular a economia.

A entidade estimou também que as compras adicionais de ativos que espera realizar mediante esse programa nos próximos 12 meses ficarão em torno de 36 trilhões de ienes (US$ 427 bilhões).

A reunião do Banco do Japão aconteceu poucos dias depois das eleições gerais que deram a vitória ao conservador Shinzo Abe, que se comprometeu a trabalhar para superar a persistente deflação e levar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) a 2%.

Abe indicou que para impulsionar a economia buscará políticas monetárias mais agressivas trabalhando de perto com o BOJ, que, por sua vez, estabeleceu em fevereiro a meta de um aumento estável de 1% do IPC a curto prazo e de 2% a médio prazo.

O emissor japonês lembrou nesta quinta-feira que as economias estrangeiras permanecem em 'uma fase de desaceleração', enquanto no Japão tanto as exportações como a produção industrial diminuíram e afetaram a demanda interna.

Por isso, adverte que a economia japonesa seguirá sofrendo certa fraqueza por um tempo, em meio a 'um alto grau' de incerteza pela situação na Europa e nos EUA e também pela recente tensão com a China, o que prejudicou os resultados das empresas japonesas no país vizinho. EFE

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