Economia

BC da Grécia prevê contração de 2% do PIB

Atenas - O Produto Interno Bruto (PIB) grego deverá ter contração de 2% neste ano, depois de o país entrar em recessão pela primeira vez em mais de uma década no ano passado e conforme as consequências da crise de dívida do governo pesarem sobre a economia, afirmou o Banco Central (BC) da Grécia, em […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Atenas - O Produto Interno Bruto (PIB) grego deverá ter contração de 2% neste ano, depois de o país entrar em recessão pela primeira vez em mais de uma década no ano passado e conforme as consequências da crise de dívida do governo pesarem sobre a economia, afirmou o Banco Central (BC) da Grécia, em seu relatório anual de política monetária.

O relatório observou que a Grécia se encontra em um "círculo vicioso" enquanto tenta consertar suas problemáticas finanças públicas, o que torna as estimativas incertas. A Grécia vem sofrendo pressão da União Europeia e dos mercados financeiros para cortar seu déficit orçamentário - que, de acordo com o banco central, atingiu 12,9% do PIB no ano passado, levemente acima da previsão oficial do governo de 12,7%.

Como resultado desse déficit, a Grécia tem visto seus custos para tomar empréstimos aumentarem, enquanto busca 54 bilhões de euros (US$ 72,9 bilhões) em financiamento para cobrir suas necessidades. Em abril e maio o país precisa cobrir cerca de 22 bilhões de euros em dívidas que vencerão, o que tem pesado sobre o sentimento dos investidores à medida que os parceiros da União Europeia resistem a fornecer um pacote de ajuda para o país.

O BC da Grécia afirmou no relatório que a recessão do país neste ano, e sua eventual recuperação econômica, dependerão de o governo implementar completa e efetivamente as medidas de austeridade e outras reformas estruturais nos próximos anos. O relatório também destaca que a crise da Grécia ocorre enquanto a recuperação econômica mais ampla da zona do euro permanece frágil e ainda dependente de medidas de estímulo fiscal.

"A recuperação da zona do euro permanece frágil e ainda é baseada, em grande parte, em políticas fiscais extraordinárias que devem ser lentamente desativadas, dados os grandes déficits fiscais e dívidas que foram acumulados nas economias mais desenvolvidas", disse o banco central. As informações são da Dow Jones.

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