Economia

BC japonês diz não se preocupar com alta de juros nos EUA

Haruhiko Kuroda também disse que a inflação do Japão pode acelerar em direção à meta de 2 por cento mesmo se o crescimento econômico permanecer fraco


	O presidente dp Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda: "a tendência geral dos preços está melhorando de forma constante"
 (REUTERS / Yuya Shino)

O presidente dp Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda: "a tendência geral dos preços está melhorando de forma constante" (REUTERS / Yuya Shino)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 09h46.

Osaka - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que tem diminuído as preocupações sobre os riscos de que uma esperada alta da taxa de juros nos Estados Unidos possa abalar os mercados globais ou disparar uma fuga de capitais dos mercados emergentes.

Ele também disse que a inflação do Japão pode acelerar em direção à meta de 2 por cento mesmo se o crescimento econômico permanecer fraco, contanto que o mercado de trabalho continue apertado, sugerindo que nenhum afrouxamento monetário imediato está a caminho.

"A tendência geral dos preços está melhorando de forma constante e eu não vejo nenhum grande problema por ora. As expectativas de inflação, que desempenham um papel fundamental para alcançar nossa meta de preços, permanecem estáveis como um todo", afirmou Kuroda a repórteres após uma reunião com líderes empresariais em Osaka nesta segunda-feira.

Kuroda, entretanto, reiterou que está pronto para ampliar o grande programa de estímulos do banco central no futuro caso o banco esteja correndo o risco de não alcançar sua meta de inflação, para finalmente superar uma longa fase de deflação debilitante.

O fato de o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, estar mirando uma alta dos juros no futuro próximo mostra a força da economia norte-americana, o que é positivo para a economia global, disse Kuroda.

"Os temores de que a normalização dos juros norte-americanos possa disparar uma forte fuga de recursos das economias emergentes e desorganizar a economia global parecem estar recuando um pouco", acrescentou.

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