Economia

Bolsonaro diz que governo não tem como pagar precatórios agora

Bolsonaro afirmou que não vai haver rompimento do teto de gastos --apesar das mudanças feitas na PEC no cálculo do teto para abrir espaço fiscal

Bolsonaro: o presidente disse ainda que tem dificuldades em passar projetos no Senado (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Bolsonaro: o presidente disse ainda que tem dificuldades em passar projetos no Senado (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

R

Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2021 às 10h51.

Última atualização em 27 de outubro de 2021 às 11h40.

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira que o governo não tem como pagar os precatórios previstos para 2022 e cobrou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), coloque em pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto quando ela chegar naquela Casa.

Em entrevista à recém-lançada emissora de TV Jovem Pan News, Bolsonaro afirmou que não vai haver rompimento do teto de gastos --apesar das mudanças feitas na PEC no cálculo do teto para abrir espaço fiscal, no que foi considerado um subterfúgio por economistas-- mas que o governo precisa atender as pessoas que estão passando fome no país.

Bolsonaro disse ainda que tem dificuldades em passar projetos no Senado, mesmo depois de aprovados na Câmara, e que Pacheco é o "dono da pauta".

A PEC dos Precatórios, no entanto, não foi nem mesmo aprovada ainda na Câmara dos Deputados. A previsão inicial do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), era de colocar em pauta na terça, mas a pressão da oposição dificultou as negociações. Lira prometeu a votação para esta quarta.

Para ser aprovada, a PEC precisa do voto de 308 deputados em duas votações.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGoverno BolsonaroJair BolsonaroOrçamento federalPrecatórios

Mais de Economia

Governo publica medida provisória com alta de receita em alternativa ao decreto do IOF

Corte de gastos e Reforma Administrativa são necessários pois 'está insuportável', diz Motta

TCU aprova com ressalvas contas de 2024 do governo Lula e alerta para renúncias fiscais

Haddad diz que Brasil terá 1º superávit estrutural se pacote fiscal for aprovado pelo Congresso