Economia

Ceron: Estamos enfrentando revés com Congresso em relação à MP do Perse e desoneração

Secretário do Tesouro diz que as mudanças que o governo espera precisam contar com a compreensão da sociedade e a ajuda dos Três Poderes

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional (Leandro Fonseca/Exame)

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional (Leandro Fonseca/Exame)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 15 de abril de 2024 às 20h34.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, reforçou nesta segunda-feira, 15, o compromisso da equipe econômica com as contas públicas e, depois de elogiar a parceria com o Legislativo e o Judiciário, obtida ao longo do ano passado, comentou que agora há "reveses" com o Congresso. Ele fez as declarações durante entrevista coletiva que ocorre neste momento para detalhar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

"O Brasil vinha em processo de degradação fiscal nos últimos 10 anos e decidimos levar com transparência a questão da política econômica", disse o secretário.]

Segundo ele, porém, uma mudança num "ritmo forte" como o governo espera que ocorra agora, precisa contar com a compreensão da sociedade e a ajuda dos Três Poderes. Ceron acrescentou que o resultado fiscal não pode ser visto como um fim por si mesmo, mas como uma ferramenta para manter a trajetória da dívida no médio e longo prazos.

O secretário lembrou o conjunto de medidas anunciadas em 2023 e do fim de outras que, na avaliação do atual governo, não tinham mais sentido. Nesse momento, de acordo com ele, houve apoio do Congresso e do Judiciário e agora o País já colhe resultados. "2024 começou mais desafiador, com gastos tributários. Estamos enfrentando revés junto ao Congresso em relação a medidas como Perse e reoneração da folha de pagamentos. Todos já sabem qual posicionamento da Fazenda", afirmou.

Ele enfatizou que os anúncios precisam vir acompanhados de medidas de compensação, sob a pena de prejudicar a trajetória de recuperação fiscal. "Esse tem que ser um compromisso irretratável da área econômica, mas tem que ser de todos os Poderes e da sociedade para que não haja margens para retrocesso", reforçou.

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