(Divulgação / Getty Images)
Agência
Publicado em 5 de março de 2025 às 15h55.
O primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Li Qiang, apresentou nesta quarta-feira, 5, o relatório de trabalho do governo. Entre as prioridades, estão a expansão da abertura econômica, a estabilização do comércio exterior e o incentivo ao investimento estrangeiro. O governo chinês reafirmou seu compromisso com a política de abertura, independentemente das mudanças no cenário internacional, e anunciou medidas para fortalecer o comércio e a cooperação global.
Para impulsionar o setor, o governo pretende reforçar as políticas de estabilização do comércio exterior, apoiando empresas na captação de pedidos e na expansão para novos mercados. Estão previstas melhorias nos serviços financeiros, ampliação do seguro de crédito à exportação e incentivo à participação de empresas em feiras internacionais.
Outras iniciativas incluem o desenvolvimento do comércio eletrônico transfronteiriço, a modernização da logística de entregas internacionais e a ampliação da infraestrutura de armazéns no exterior. A China também pretende expandir as funções das zonas de cooperação econômica internacionais e fomentar o comércio de produtos intermediários. Além disso, será promovida a inovação no comércio de serviços, incentivando tanto a exportação quanto a importação de serviços de alta qualidade.
O país dará destaque à realização de grandes feiras internacionais, como a Feira de Importação da China (CIIE), a Feira de Cantão e a Feira de Comércio Digital, além de aprimorar a cooperação alfandegária para facilitar o comércio global.
O governo chinês também anunciou medidas para atrair mais investimentos estrangeiros, incluindo a ampliação da abertura do setor de serviços por meio de projetos-piloto. Áreas como internet, cultura, telecomunicações, saúde e educação terão maior flexibilidade para entrada de investidores internacionais.
Empresas estrangeiras terão incentivos para ampliar reinvestimentos e participar de colaborações em cadeias de suprimentos. Além disso, o governo garantirá tratamento igualitário a essas empresas no acesso a recursos, licenças e compras governamentais.
A China também pretende fortalecer as zonas de livre comércio, expandir as políticas de desenvolvimento aberto e aprimorar o ambiente de negócios, tornando-o mais competitivo e atrativo para empresas internacionais.
Outro ponto de destaque do relatório foi a continuidade dos investimentos na Iniciativa Cinturão e Rota. O governo pretende coordenar grandes projetos emblemáticos e iniciativas menores voltadas para o bem-estar social, criando modelos de cooperação bem-sucedidos.
O transporte internacional também receberá atenção especial, com ações para garantir a operação eficiente dos trens China-Europa e acelerar a construção do Novo Corredor Internacional de Transporte Terrestre-Marítimo. Além disso, serão aprimorados os serviços integrados para empresas chinesas no exterior, incluindo suporte jurídico, financeiro e logístico.
A China seguirá ampliando sua rede de zonas de livre comércio, promovendo a assinatura do acordo de atualização 3.0 da Zona de Livre Comércio China-ASEAN e buscando adesão a acordos internacionais como o Acordo de Parceria em Economia Digital (DEPA) e o Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP).
O país também reafirmou seu compromisso com o sistema de comércio multilateral liderado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), defendendo uma maior integração econômica global e promovendo o desenvolvimento comum com outras nações.