Economia

China nega acusação de Trump sobre manipulação de sua moeda

Na última sexta (20), o presidente Trump acusou a China e a União Europeia de desvalorizarem artificialmente suas moedas para favorecerem suas exportações

A China não tem vontade alguma de dar apoio a suas exportações com desvalorizações competitivas, disse Shuang (China Photos/Getty Images)

A China não tem vontade alguma de dar apoio a suas exportações com desvalorizações competitivas, disse Shuang (China Photos/Getty Images)

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AFP

Publicado em 23 de julho de 2018 às 10h40.

A China negou nesta segunda-feira (23) as acusações de Donald Trump de manipular sua moeda e disse não temer as ameaças do presidente americano sobre tarifar todas as exportações de Pequim para os Estados Unidos.

"A China não tem vontade alguma de dar apoio a suas exportações com desvalorizações competitivas", declarou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang.

"A taxa de câmbio está fixada pela oferta e a demanda no mercado. Às vezes baixa e às vezes sobe, flutua nos dois sentidos", acrescentou.

A moeda chinesa pode flutuar apenas um máximo de 2% frente ao dólar em relação a um curso fixado diariamente pelo Banco Central chinês (PBOC).

Desde abril, o iuane perdeu 8% de seu valor frente à moeda verde.

Na sexta-feira, o presidente Trump acusou a China e também a União Europeia de desvalorizarem artificialmente sua moeda para favorecerem suas exportações.

No Twitter, Trump disse que "China, União Europeia e outros vêm manipulando suas moedas e taxas de juros".

Segundo ele, o dólar está se tornando mais forte e prejudica a "vantagem competitiva" da maior economia do mundo.

Em uma entrevista à CNBC, Trump jogou ainda mais lenha na fogueira da guerra comercial com a China, sugerindo que pretende taxar todos os produtos do país.

"Estou pronto para chegar a 500", garantiu, referindo-se ao total de US$ 505,5 bilhões em importações da China registrados em 2017.

"Não estou fazendo isso por política. Estou fazendo isso para fazer a coisa certa para o nosso país", concluiu.

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